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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"É PURA EXPLORAÇÃO POLÍTICA" - O GLOBO


Para ambientalistas, governo tenta equiparar Dilma a Marina Silva

Representantes de organizações não governamentais da área ambiental classificaram como exploração política a estrutura montada pelo governo para anunciar hoje o menor desmatamento da Amazônia registrado nas últimas décadas.

As presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no evento, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona provisoriamente a sede da Presidência, estão sendo entendidas como uma jogada de campanha eleitoral para 2010.

No entendimento do coordenador de pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Osvaldo Stella Martins, é evidente o uso político no evento. Para ele, o objetivo é dar uma "roupagem ambiental" a Dilma Rousseff e confrontá-la com a ex-ministra Marina Silva (PV-AC), possível candidata à Presidência, que tem como principal bandeira o meio ambiente.

— É claro que se trata de pura exploração política. O governo está investindo para dar um ar ambiental à Dilma num cenário político que tem, do outro lado, alguém com histórico nessa área, no caso a Marina Silva — disse Osvaldo Martins. Leia mais em O Globo

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Terrorismo verde no Congresso Nacional


É dura a vida dos deputados e senadores. Não bastasse a perseguição ferrenha da imprensa golpista, agora têm que conviver com o terrorismo ecológico nas cercanias do Congresso Nacional. A marcação é ferrenha e sem tréguas e já se avizinha uma invasão por água e ar.

Na madrugada de sexta-feira (6), uma capivara, provavelmente treinada por organismos especializados em práticas heterodoxas verdes, esquivou-se sorrateiramente do seu habitat o Lago Paranoá. Após um deslocamento de cinco quilômetros, entrincheirou-se no espelho d'água do Congresso para preparar a invasão ao Parlamento brasileiro.

Um diligente policial legislativo percebeu, às 6 horas, os movimentos nada bem-intencionados do elemento e tratou de chamar a Polícia Florestal uma vez que não está capacitado para realizar uma operação de tamanha envergadura. Há informações ainda não confirmadas de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, CIA e o Mossad (serviço de inteligência israelense) foram acionados para levantar a folha corrida da capivara terrorista. Pedido feito pelo presidente do Congresso, José Sarney.

A operação foi eficiente. Preparados para o combate com um bote, uma rede e um puçá, armas de última tecnologia importadas da França junto com os caças Rafaele, os policiais capturaram a capivara guerrilheira quase quatro horas depois de avistada. A demora foi justificada. No deslocamento, os militares descobriram uma companheira que se conduzia à Esplanada dos Ministérios para reforçar o cerco ao Congresso. Graças ao Divino foi capturada no caminho.

Para a tranquilidade dos parlamentares, o elemento foi colocado na cela e conduzido para exame de corpo de delito no Zoológico de Brasília. Os policiais florestais informaram que, depois dos procedimentos habituais de recolhimento das digitais, fotografias e tomada de depoimento, a guerrilheira será colocada em prisão domiciliar no Lago Paranoá.

Mas atenção senhores e senhoras parlamentares, o movimento não acabou. A ameaça vem do ar. Postada estrategicamente no gramado em frente ao Congresso, uma frota de tetéis - pássaro nordestino que, segundo reza a lenda, não dorme – prepara-se para a invasão.

A guerrilha dos tetéis já começou. Montaram suas bases no gramado e colocaram seus ovos para criar futuros deliquentes guerrilheiros. Numa ação conjunta, agentes secretos da Polícia Legislativa, Polícia Federal e Abin, disfarçaram-se de jardineiros para tentar desmontar a ação.

As iniciativas, até o momento, foram em vão. Alertas, os tetéis atacam com razantes e bicadas certeiras os defensores da democracia brasileira. No bunker montado às pressas, os estrategistas federais traçam uma novo plano de defesa. O ministro Jobim já foi convocado. A ver...

domingo, 1 de novembro de 2009

CARTILHA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA SOBRE TRANSGÊNICOS É PROIBIDA DE SER DISTRIBUÍDA


É isso aí amigos(os). Encontrei no site esse texto muito interessante. Já que o Ministério da Agricultura está proibido pela Justiça de distribuir a cartilha sobre os malefícios do consumo de alimentos transgênicos e/ou produzidos a partir da utilização de agrotóxicos façamos a nossa parte. Segue o alerta dos amigos do Curupira:

"O Olho do Consumidor – Amigos, há tempo que venho alertado sobre os perigos dos alimentos transgênicos ou cultivados com agrotóxico no site do Curupira, finalmente o Ministério da Agricultura lançou uma cartilha informando a população sobre os benefícios de alimentos livres de agrotóxicos, bem como sobre a questão dos produtos transgênicos que “colocam em risco a diversidade de variedades que existem na natureza”. Porém essas cartilhas não serão distribuídas porque a indústria dos alimentos transgênicos (MONSANTO), entrou com uma ação que impede sua distribuição. A cartilha foi ilustrada pelo Cartunista Ziraldo e ainda é possível encontrá-la no site:www.aba-agroecologia.org.br/aba2/images/pdf/cartilha_ziraldo.pdf

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ENQUANTO BRINCAM DE GOVERNAR PAÍSES...


Foto: Greenpeace
ALISTER DOYLER
da Reuters, em Oslo (Noruega)

Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia, mostrou um estudo nesta quarta-feira (23) que pode ajudar a prever o tamanho do aumento do nível do mar associado à mudança climática.

Análises de milhões de imagens a laser de satélites da Nasa (agência espacial norte-americana) revelaram que a maior perda de gelo foi causada pela aceleração do fluxo das geleiras em direção ao mar, de acordo com cientistas do Grupo Britânico de Pesquisas Antárticas (BAS, na sigla em inglês) e da Universidade de Bristol.

"Estamos surpresos em ver um padrão tão forte de diminuição de espessura das placas de gelo por áreas tão grandes da costa --é um fenômeno amplo e em alguns casos se estende por centenas de quilômetros em terra", disse Hamish Pritchard, do BAS, que liderou o estudo.

"Nós acreditamos que as correntes oceânicas aquecidas que atingem a costa e derretem o gelo são a causa mais provável da aceleração do fluxo das geleiras", afirmou em comunicado.

"Esse tipo de derretimento do gelo é tão pouco compreendido que continua sendo a parte mais imprevisível do aumento futuro do nível do mar", acrescentou. O BAS afirma que o estudo deu o "quadro mais amplo" até aqui do derretimento do gelo.

O aumento do nível do mar causado pelo degelo de grandes quantidades de gelo na Antártica e na Groenlândia pode ameaçar ilhas do Pacífico, áreas litorâneas em todo o mundo e cidades como Londres e Buenos Aires.

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse neste mês que o aquecimento global, provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, pode aumentar o nível do mar de 0,5 a 2 metros neste século --mais do que a maioria dos especialistas tem antecipado.

Entre as conclusões, o estudo desta quarta-feira mostra que 81 das 111 geleiras com degelo rápido na Groenlândia têm diminuído a uma velocidade duas vezes mais rápida que áreas de degelo mais lento na mesma altitude.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A triste resposta de Carlos Minc


Fonte: O Dia com comentários do Blog

Num debate nada politicamente correto, o ministro do Meio Ambiente respondeu com ironia e mesma falta de tato às declarações do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, de que seria "viado e maconheiro". Tal afirmação foi feita por Puccinelli à empresários e comerciantes, numa reunião na sede de governo sulmatogrossense, com quem debatia sobre o zoneamento agroecológico da cana-de-açucar.

"Ele tem uma visão muito interessante sobre homossexualismo: eu é que sou veado e ele é quem quer me estuprar em praça pública", disse o ministro. Em nota oficial, Minc subiu o tom: "É um truculento ambiental que quer destruir o Pantanal com a plantação de cana-de-açucar. Essa declaração revela o seu caráter".

As repercussões em defesa dos veados obrigaram o governador "truculento" a se desculpar em público pelas infelizes declarações. Segundo ele, tais afirmações não passaram de "brincadeira". Não satisfeito, ainda completou que elas "restringem-se ao ambiente do debate técnico e político".

Se o "debate técnico e político" de Puccinelli acontece neste nível imaginem do que não deve qualificar seus desafetos nas reuniões ditas "privadas". Qualquer tentativa de exercício mental, neste sentido, seria gasto desnecessário de energia, além de incorrer na mesma baixaria do governador e da infeliz resposta de Carlos Minc.

O que realmente interessa à sociedade é saber o compromisso dos governantes, de todas as esferas de Poder, sobre a questão ambiental e de busca por um novo modelo de desenvolvimento para o país. É uma pena que se perca tempo tão precioso com políticas restaqueras que nada colaboram para a redução do aquecimento da Terra.

Minc é "viado e maconheiro", diz governador do MS


Fonte: Campo Grande News com o Blog

Irritadíssimo, o governador André Puccinelli (PMDB) disparou contra o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sobre a liberação para o plantio da cana na Bacia do Alto Paraguai (BAP). "É viado e fuma maconha", proclamou à líderes do setor do comércio e da indústria sobre o assunto.

Não satisfeito, o governador partiu para a suruba (sic) pública. Disse que, caso o ministro participe da maratona "Volta das Nações", que acontecerá no Mato Grosso do Sul, vai "estuprar" Minc em praça pública.

"Se ele viesse eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública", declarou no melhor estilo "estupra mas não mata" de Paulo Maluf.

Puccinelli lembrou ainda que Carlos Minc e o ministro Reinhold Stephanes [da Agricultura] divergiram sobre a liberação do plantio de cana na BAP. A “bronca” do governador com o ministro decorre da iniciativa governamental de criar o chamado “selo verde” para a cana, como fez com a madeira amazônica.

Ele acusa Minc de vender o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul para o capital internacional, em troca da certificação do etanol. O governador jura que a plantação de cana em alguns setores na Bacia do Alto Paraguai não prejudica o meio ambiente.

Carlos Minc afirma que nenhum país vai querer comprar álcool produto de devastação da Amazônia e do Pantanal. Por isso, o governo federal está preocupado em vetar o plantio nos dois biomas e garantir o selo verde para o etanol.

Comentário do Blog

Cúpula de Nova York de Meio Ambiente esbarra nas "intenções"


Fonte:Agência France Press
NOVA YORK, EUA — A reunião de cúpula da ONU sobre o meio ambiente permitiu aos líderes do mundo proclamar a necessidade urgente de se atuar contra o aquecimento do planeta, mas houve poucos compromissos concretos.Um número recorde de mais de 100 países participaram da reunião extraordinária organizada em Nova York na véspera da abertura do debate anual da Assembleia-Geral da ONU.

Os países ricos e os emergentes tentam chegar a um acordo sobre o tema crucial do financiamento da redução das emissões de CO2, já que estes consideram que sem ajuda financeira não podem atuar.

O objetivo era obter avanços suficientes às vésperas da cúpula de Copenhague prevista para dezembro na qual se tentará chegar a um acordo que deverá entrar em vigor quando expirar a primeira fase do Protocolo de Kyoto, em janeiro de 2013, para deter de maneira coercitiva o excesso de emissões de gases causadores do efeito estufa.

No entanto, o encontro de Nova York decepcionou a maioria. Nem o presidente chinês Hu Jintao nem seu colega Barack Obama, que estrearam no foro mundial, fizeram propostas capazes de desbloquear as negociações.

O primeiro-ministro sueco Fredri Reinfelt pediu aos participantes que "saiam do beco sem saída". "Estamos a 76 dias da conferência de Copenhague, mas as negociações avançam de forma muito lenta".

À frente da terceira maior economia do mundo, considerada o país que mais polui no mundo, o presidente chinês, Hu Jintao, se comprometeu a reduzir "significativamente" o aumento das emissões de gases poluentes de seu país daqui até 2020, mas sem indicar números precisos.

Já Obama pediu aos países em desenvolvimento que tomem medidas para reduzir suas emissões, embora tenha admitido que são medidas difíceis de serem adotadas após a crise financeira.

"Todos nós enfrentamos dilemas e dificuldades em nossas próprias capitais quando buscamos uma solução duradoura para o desafio climático", disse Obama.

Durante o governo de Obama, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos adotou este ano pela primeira vez um projeto de lei destinado a reduzir as emissões dos Estados Unidos, mas o texto foi bloqueado no Senado.

O primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama, que também participa do foro mundial pela primeira vez, foi um dos poucos a fazer promessas concretas.

Hatoyama disse que a segunda economia mundial reduzirá em 25% suas emissões para 2020em relação ao nível de 1990.

"Um fracasso sobre um acordo amplo em Copenhague será moralmente indesculpável, economicamente míope e politicamente irresponsável", advertiu o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O presidente boliviano Evo Morales acusou o capitalismo de ser a raiz profunda do problema e disse que em Copenhague exigirá que os países ricos paguem a "dívida climática".

"O aquecimento global não é uma causa, e sim um efeito, é um resultado do sistema capitalista, que persegue o maior ganho possível, sem levar em conta a vida dos demais", disse Morales.

O presidente do pequeno arquipélago de Maldivas, no Oceano Índico, Mohamed Nasheed, fez um apelo dramático aos líderes mundiais.

As ilhas estão ameaçadas de ficar submersas se o aquecimento do planeta provocar um aumento do nível do mar e Nasheed lamentou que os dirigentes se abstenham mais uma vez de tomar medidas concretas.

"Quando a retórica acabar e os delegados se retirarem, a simpatia se desvanecerá junto com a indignação e o mundo continuará igual a antes", disse Nasheed. "Alguns meses depois, voltaremos ao mesmo", lamentou.

Já o ex-vice-presidente americano e Prêmio Nobel da Paz, Al Gore, não se mostrou tão pessimista e afirmou que acha positivas as promessas de ações chinesa e japonesa contra o aquecimento do planeta.

"A China mostra um espírito de iniciativa impressionante para lutar contra o aquecimento climático", declarou Al Gore à imprensa, em um foro realizado à margem da cúpula.

Os objetivos de redução, antes de 2020, do aumento das emissões de CO2 da China vinculado a seu crescimento econômico apresentados pelo presidente Hu Jintao "não são insignificantes", estimou Gore.

Ao citar, além disso, os investimentos importantes feitos pela China em termos de energia eólica e solar, Al Gore afirmou que todos esses esforços são importantes.

"E dispomos de todas as indicações que mostram que, em caso de progressos importantes nas negociações (de Copenhague), a China estará pronta para fazer inclusive mais".

Al Gore felicitou igualmente o novo primeiro-ministro japonês e o compromisso de seu país de reduzir as emissões de gás de efeito estufa, além de anunciar um aumento das ajudas aos países pobres na luta contra o aquecimento global.

sábado, 12 de setembro de 2009

MEIO AMBIENTE - Mato Grosso: O devastador do Cerrado


Luana Lourenço
Da Agência Brasil

Mato Grosso é o estado com maior número de municípios na lista dos que mais desmataram o Cerrado entre 2002 e 2008, divulgada hoje (10) pelo Ministério do Meio Ambiente. Dos 60 municípios que, juntos, foram responsáveis por um terço da devastação no período, 14 são matogrossenses.

O desmatamento no bioma já atingiu 48,2% da cobertura original – quase um milhão de quilômetros quadrados. A média é de 1% de vegetação nativa a menos por ano.

Apesar da maioria matogrossense, quatro municípios baianos lideram a lista: Formosa de Rio Preto, São Desidério, Jaborandi e Correntina, na região oeste do estado. “É um dos arcos do desmatamento no Cerrado”, apontou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A região central de Mato Grosso também é considerada crítica, com base nos dados de 2002 e 2008.

Em todo o bioma, a expansão das lavouras de cana-de-açúcar, da soja, da pecuária, da produção de carvão e as queimadas (naturais ou provocadas) são os principais vetores de desmatamento.

Os municípios listados pelo ministério serão alvo de ações prioritárias do governo, como já acontece nas cidades que mais desmataram na Amazônia Legal. Entre as medidas, que integram o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento do Cerrado (PPCerrado), lançado hoje (10), estão a previsão de aumento das operações de fiscalização e controle e a oferta de alternativas econômicas para as pessoas que se beneficiam do desmate ilegal.

“O peso das medidas econômicas vai ser muito maior [que o da repressão]. O 'direito de derrubar' é muito maior que na Amazônia [onde a reserva legal é menor]”, comentou Minc.

Além de frear o desmate, o governo quer aumentar o percentual de áreas de preservação no Cerrado. Atualmente, a soma de unidades de conservação federais e estaduais corresponde a 7,5% da área total do bioma. A meta, assumida inclusive internacionalmente no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica, é chegar a 10%.

sábado, 5 de setembro de 2009

MEIO AMBIENTE - DIA DA AMAZÔNIA

COM UM POUCO DE ATRASO MAS AÍ ESTÁ:

O Greenpeace completa dez anos de operação na Amazônia. Desde 1999, a organização trabalha para investigar e denunciar as ameaças à floresta e confrontar os principais responsáveis pelos crimes que já destruíram 17% do bioma.

Quem sobrevoa as áreas intocadas vê a grandeza da floresta, um imenso tapete com variados tons de verde, cortados por serpentes de água barrentas ou negras. Do chão, a sensação é igualmente poderosa: apesar da aparente imobilidade da paisagem, estima-se que este mundo abrigue mais da metade das espécies terrestres conhecidas no planeta.

Só de árvores são 5 mil espécies (um único hectare chega a ter mais de 300), 60 mil de plantas, além de milhões de espécies de insetos, mais de 300 de mamíferos (62 só de primatas), 1 mil de pássaros e 3 mil de peixes.

RIQUEZA
A Amazônia abriga também uma diversidade cultural. São cerca de 23 milhões de pessoas, incluindo 220 mil indígenas de 180 etnias distintas e comunidades tradicionais como ribeirinhos, extrativistas e quilombolas. A floresta é fundamental para a sobrevivência desses povos, fornecendo alimentação, moradia, utensílios e medicamentos, além de desempenhar papel importante em sua vida espiritual.

A importância da Amazônia vai além: desempenha papel fundamental no equilíbrio climático global e do ciclo hidrológico regional e é base para a estabilidade ambiental do planeta. A Amazônia é um regulador atmosférico e orienta o regime de chuvas em toda a América do Sul. Sua imensa cobertura vegetal também funciona como um gigantesco estoque de carbono que, quando liberado na atmosfera, agrava os impactos das mudanças climáticas.

CONSERVAÇÃO
Para proteger tamanha riqueza, pouco mais de 40% do bioma têm, atualmente, algum tipo de proteção legal (unidades de conservação federais e estaduais, terras indígenas e áreas militares) – embora a implementação dessas áreas ainda esteja longe de ser uma realidade.

Todos os anos, uma grande área de floresta é desmatada e queimada. O desmatamento da Amazônia, que desde a chegada dos portugueses até 1970 era de pouco mais de 1% da cobertura florestal total, saltou para 17% – uma área 16 vezes maior do que o Rio de Janeiro, destruída em apenas 40 anos.

Além de impactos profundos na biodiversidade e no modo de vida dos povos da floresta, o desmatamento e alterações no uso do solo colocam o Brasil na incômoda posição de quarto maior emissor mundial de gases do efeito estufa.

PRESENÇA
Em 1999, quando o Greenpeace abriu o escritório em Manaus, sabia-se que muitos crimes eram cometidos na região, não havia informações sobre os responsáveis. E o Greenpeace começou a investigar.

Muitas expedições, investigações de campo, relatórios, ações diretas e ameaças de morte depois, ampliamos a campanha. Hoje, travamos uma batalha para parar o desmatamento promovido pela expansão da fronteira agropecuária em direção à floresta.

É necessário garantir o desenvolvimento econômico dessa região, mas ele não pode ser feito à custa da destruição da floresta. Entre 2004 e 2006, houve queda expressiva nos índices anuais de desmatamento na Amazônia e o Brasil não parou de crescer. É preciso buscar um novo modelo econômico para a região que tenha, em sua essência, o meio ambiente e as pessoas.

Ao zerar o desmatamento, o Brasil estará fazendo sua parte para diminuir o ritmo do aquecimento global r assegurar a proteção da biodiversidade e o uso responsável deste patrimônio dos brasileiros, sem segurar a geração de emprego e renda que trará qualidade de vida para a população local.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - GREENPEACE QUER TEMPO PARA ANALISAR IMPACTOS DO PRÉ-SAL

Foto: Mídia.com
Fonte: Agência Brasil

No dia da divulgação do marco regulatório sobre a exploração do petróleo na camada pré-sal, a organização não governamental (ONG) Greenpeace cobrou maior discussão sobre os impactos ambientais decorrentes dessa medida. “Nosso questionamento é que o governo brasileiro esqueceu, na festa do pré-sal, um convidado importante: o meio ambiente”, disse à Agência Brasil o diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão.

Segundo ele, as emissões de bilhões de toneladas de gás carbônico decorrentes da exploração e da cadeia produtiva de refino do óleo podem ser compensadas pelos mares. Para isso, contudo, é preciso que 30% da extensão marítima brasileira passe a ser área protegida.

“Criar áreas de proteção no mar é uma tarefa que o governo precisa assumir para que a gente tenha esse impacto minimizado. Essa decisão está na mesa do presidente da república e não significa gasto extra”, alega Leitão. Os mares são responsáveis por 50% da absorção de gás carbônico provocada pela queima de combustíveis fósseis, como o petróleo.

De acordo com Leitão, promover essa preservação é mais barato que usar a tecnologia de captação de carbono, conhecida como CCS, anunciada pelo governo. “Essa tecnologia não existe ainda. Ela nunca foi testada, ainda está em laboratório. E mesmo que venha a existir, vai custar caríssimo.”


domingo, 30 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - PERMACULTURA NO LAGO OESTE

Amigos(as), é muito bom ver neste mundo maluco indivíduos que ainda preservam - e praticam - a utopia de modificar as relações humanas e o modo como de interagir com a natureza. No Lago Oeste, um núcleo rual de Brasília, algumas pessoas já vivem desta forma e procuram expandir seus conhecimentos para a comunidade.

Este é o princípio da permacultura. Conheci a Andréa e o Fábio, casal que assumiu este sistema como uma filosofia de vida, colocou em prática algumas de suas técnicas na sua chácara e, agora, se lançaram ao desafio de formar uma rede na comunidade. Fantástico para um lugar estratégico do ponto de vista ambiental.

O Lago Oeste está localizado num dos pontos ambientais mais sensíveis do Distrito Federal. Daí a demora da regularização das chácaras pela União. Mas esta é outra história. O fato é que a comunidade instalou-se num corredor de ligação entre o Parque Nacional e a Chapada da Contagem, dois biomas fundamentais para Brasília, especialmente no que diz respeito a preservação da qualidade da água de seu lençol freático.

É justamente aí que entra a necessidade de iniciativas como a desse casal verdinho. A utilização de técnicas permaculturais pelos chacareiros com técnicas agroflorestais, plantações orgânicas e aproveitamento racional e potencializados de recursos como captação de água e energia solar nos dá a rara oportunidade de demonstrar às autoridades públicas que somos capazes de garantir a preservação deste pedaço estratégico de terra. Num aspecto mais amplo é o desafio de mostrar que a convivência - e não a relação de domínio - é viável como modelo de desenvolvimento humano e econômico.

Neste fim de semana realizamos na chácara da Andréa e do Fábio o primeiro encontro do grupo. Foi um excelente curso teórico e prático de introdução a permacultura. Essas pessoas, por enquanto, resumem-se a no máximo 15. Mas o berçário, como fala o casal, está criado.

O bom é que a execução da permacultura não é excludente. Qualquer pessoa, mesmo as que residem em apartamentos têm condições de implementar algumas de suas técnicas. Portanto, sugiro uma visita ao site do casal. À quem interessar o link está logo abaixo: http://www.sustentavelnapratica.net/

Boa viagem!

P.S - Registro que iniciei um projeto piloto na minha chácara de plantio agroflorestal de cerca de 1.400 metros.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ARTIGO - Capitalismo x Socialismo e o Capitalismo Social

Encontrei o artigo abaixo, de autoria do professor Miguel Fontes, numa consulta ao velho e bom amigo Google. Análise interessante sobre a conciliação das regras de mercado com a necessidade imposta neste século de completa revisão do modelo econômico a partir de um crescimento sustentável. Capitalismo Social? Não sei e sou neófito quando o assunto é desenvolvimento com sustentabilidade. Mas não me furto a pensar sobre o assunto.

"Não há como negar o eterno dilema das teorias outrora “modernas” sobre o desenvolvimento socioeconômico de um país. De um lado, o capitalismo de Adam Smith com suas teorias sobre Decisões Racionais, e do outro lado, o socialismo de Karl Marx com suas teorias sobre Conflito de Classe. Aliás, muitos morreram lutando e acreditando fielmente em uma dessas correntes como doutrina quase religiosa.

Chegamos ao Século XXI e o que vemos, na realidade, é que nenhuma das duas doutrinas isoladamente conseguiu trazer plena harmonia aos povos.
A resposta para um desenvolvimento mais pleno dos países parece estar na harmonização das duas teorias e no fortalecimento do conceito de Capitalismo Social. Quando o banqueiro de Bangladesh, Muhammad Yunus, ganhou o prêmio Nobel da Paz de 2006, com suas linhas de financiamento para a baixa renda, o mundo pôde conhecer um pouco mais sobre os benefícios de sistemas capitalistas que incorporam segmentos populacionais mais vulneráveis.


O Banco Mundial trabalha para a erradicação da pobreza no mundo para garantir a geração de riqueza econômica para os países. Tenho certeza de que o Banco Mundial não virou uma entidade socialista, muito pelo contrário, pois seus propósitos de livre mercado continuam intactos. Porém, não há como fortalecer sistemas políticos e econômicos sem a inserção de segmentos menos abastados no sistema econômico.

Uma outra teoria que se encaixa bem na nova corrente de Capitalismo Social é o próprio Marketing Social. Compreendendo as dinâmicas sociais; o preço para a adoção de novos conhecimentos, atitudes e práticas (CAPs); e a melhor distribuição desses CAPs para segmentos da população mais vulneráveis, não há como negar que as teorias de Marketing Social podem ser utilizadas como uma excelente ferramenta de inserção social, garantindo, ao mesmo tempo, a correta gestão dos programas sociais e a geração de riqueza econômica.

Outros termos e conceitos como Responsabilidade Social Empresarial (RSE), Desenvolvimento Sustentável e Investimento Social Privado (ISP), também se encaixam perfeitamente nessa fusão das teorias econômicas clássicas. No caso da RSE, demonstra-se que não há como as empresas privadas progredirem, sem definir estratégias claras em seus planos de negócios sobre a utilização de práticas e interfaces éticas com seus principais stakeholders, em relação ao desenvolvimento humano.


Empresas que apenas reforçam a lógica de que o social é problema do governo e o lucro é seu único objetivo, já viram claramente que seus negócios estão fadados ao fracasso quando crises financeiras ocorrem em nível global. Para o desenvolvimento sustentável e ambiental, todos os setores estão sentindo o impacto da falta de compromisso ambiental.

O aumento na incidência de doenças respiratórias, a mudança do clima e a falta de água e de outros recursos básicos já são realidade em todos os países do globo. Ou seja, não há mais como fortalecer as relações de mercado e de consumo, sem uma sustentável fonte de geração de riquezas que enfatizem o uso de recursos renováveis.

Finalmente, investimentos sociais privados (ISP) de empresas em comunidades com diversas necessidades sociais se fazem necessários para garantir a força de trabalho e o consumo de gerações futuras. Mesmo levando em consideração que pouquíssimas iniciativas que se intitulam ISP conseguem comprovar sua capacidade de geração de riquezas econômicas e redução das diferenças sociais, o ISP é hoje uma realidade do capitalismo do novo século.

Há outros diversos conceitos e teorias que podem fortalecer ainda mais essa lógica de fusão das clássicas teorias econômicas, como Capital Social, economia solidária, etc. O domínio dessa nova linguagem está se tornando essencial tanto para aqueles que querem trabalhar na iniciativa privada, como aqueles que desejam fortalecer as políticas e bens públicos".

(Miguel Fontes é Diretor da John Snow Brasil e PhD em Desenvolvimento de Alianças Público Privadas, Deptº de Saúde Internacional, Johns Hopkins University – SAIS)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - ESCLARECIMENTO DO BLOG

Caros(as), tenho por obrigação esclarecer a motivação deste blog em postar matérias e informações sobre a transferência da senadora Marina Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) para o Partido Verde (PV). Esta página, pelo próprio caminho que tomou desde o início, tornou-se um espaço exclusivo para tratar de questões ambientais.

Não pretende torná-lo, sob hipótese alguma, um espaço para promoção política. Entretanto, neste caso específico de uma pessoa com a biografia de luta pela causa ambiental como Marina Silva, não poderia passar em branco por aqui. A partir de agora, incluo estas informações sobre o andamento do processo de consolidação de um novo PV. Espero que assim seja.

Assim, pretendo blogar repercussões internacionais sobre este episódio político que desembocará, em 2010, numa nova proposta de modelo de desenvolvimento social e econômico do qual o Brasil pode vir a ser o pioneiro. As conclusões deixo para cada um...

MEIO AMBIENTE - 30 DE AGOSTO: DATA DE FILIAÇÃO DE MARINA AO PV

Fonte: Agência Brasil
O Partido Verde programa para 30 de agosto, em São Paulo (SP), a oficialização do ingresso da senadora Marina Silva (AC) nos quadros do partido. O vice-presidente Alfredo Sirkis publicou na página do PV na internet que uma convenção nacional "festiva" vai oficializar a filiação da senadora, primeiro passo para uma eventual candidatura presidencial em 2010.
De acordo com o dirigente, ficou acertado com a senadora, que anunciou ontem (19) a sua desfiliação do PT, a indicação de nove pessoas de sua confiança para integrar a Executiva Nacional do PV. Sirkis afirmou que, juntamente com os 11 membros do colegiado, estas pessoas serão responsáveis pela elaboração do texto base que norteará o novo programa partidário e de governo, além da campanha presidencial.
Sobre a eventual candidatura de Marina Silva à Presidência, Alfredo Sirkis ressaltou que “a decisão de Marina não é automática à filiação, será tomada em momento posterior”. O dirigente destacou ainda que a campanha Brasil no Clima, já em execução pelo PV, será relançada com a participação da senadora em 27 de setembro, no Rio de Janeiro.
O objetivo desta campanha é conscientizar a sociedade da necessidade de o governo brasileiro assumir “metas audazes” na Conferência de Copenhague, quando lideranças mundiais rediscutirão as medidas adotadas para reduzir a emissão de gases poluentes causadores do aquecimento global. O PV defende, por exemplo, a adoção pelo governo de medidas que passam por um controle maior das queimadas na Amazônia e por um aproveitamento racional das fontes de energia.
O deputado Fernando Gabeira conversou com a Agência Brasil e destacou que o PV tem dois grandes desafios pela frente: atualizar suas propostas de governo adequando os programas à nova realidade imposta pelos efeitos do aquecimento global e aumentar a influência do PV com a participação mais efetiva de cientistas e intelectuais. Segundo o deputado, o problema é que os programas de partido e de governo do PV foram elaborados antes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), realizada em 1992, no Rio de Janeiro.
Na ocasião, líderes mundiais comprometeram-se a reduzir gradativamente a emissão de carbono na atmosfera para conter os efeitos do aquecimento global.Gabeira disse ainda que a reestruturação do PV deve passar pela adoção de providências que evitem o uso da legenda para interesses específicos dos candidatos, nos estados e municípios, em detrimento dos compromissos partidários.
A expectativa do PV, segundo Fernando Gabeira, é que o partido inicie 2010 já com novas propostas consolidadas o que dará à senadora Marina Silva condições para apresentar à sociedade uma nova alternativa de desenvolvimento social e econômico numa eventual candidatura à Presidência da República.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

SUCESSÃO - É MUITA CARA DE PAU...

Fonte: Agência Estado

" O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, lamentou a possível saída da senadora Marina Silva (PT-AC) do partido - ela analisa convite para ingressar no PV e se candidatar à presidência da República em 2010 - e sustentou que o PT sempre a apoiou enquanto era titular do Ministério do Meio Ambiente, até mesmo algumas vezes contra o governo.

Ele ponderou que as derrotas sofridas nas questões ambientais foram coletivas. "Nós sofremos derrotas", afirmou. "Nós todos juntos, não foi só ela." Dirceu disse também não ver espaço para uma "terceira via" nas candidaturas para as eleições presidenciais. Ao contrário da avaliação do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), Dirceu considera que uma eventual candidatura de Marina à Presidência não teria potencial para "implodir" a posição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nessa corrida eleitoral.

"A candidatura da Dilma está fundada na força do PT, do presidente e da própria liderança dela", comentou ele. Dirceu avaliou como improvável que o PV tenha capilaridade, militância e tempo na televisão para dar envergadura a uma possível candidatura de Marina. Ao mesmo tempo, indicou ver cenário pouco provável para uma "terceira via", ao calcular que os nomes de Dilma e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ou de Dilma e o de Aécio Neves (governador de Minas Gerais) ocupariam quase 75% dos votos. [COMENTÁRIO DO BLOG: Esse cenário posto pelo ex-ministro é tudo que o PT e o PSDB sonham].

O ex-ministro argumentou que o PT tem uma "história comum" com Marina e disse que "não foi fácil elegê-la senadora em 2002". Segundo ele, havia rejeição, resistência e pressão econômica na época contra sua candidatura. Repetindo comentário que fez hoje em seu blog, Dirceu observou que Marina deve seu mandato "ao povo do Acre, e ao PT e sua militância".

José Dirceu disse que o presidente Lula apoiou Marina e a prova disso foi sua manutenção no cargo no primeiro e no segundo mandatos, apesar das crises enfrentadas na área ambiental. Ele acrescentou que vai trabalhar pela eleição de Dilma como um militante do partido, mas não terá função na campanha. "Eu não vou assumir nenhum cargo de coordenação e, na direção do PT, eu ainda vou decidir".

Perguntado sobre o companheiro ideal de chapa da ministra, Dirceu citou, entre os nomes possíveis, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, além de Ciro Gomes. Para ele, é mais provável que o PMDB forme aliança com o PT do que com o PSDB. "Durante o governo do Lula, o PMDB veio compor alianças com o PT nas eleições estaduais, municipais", constatou. "Foi um processo de seis anos", acrescentou.

A CANDIDATURA MARINA SILVA

NOTA DO BLOG

A eventual candidatura presidencial de Marina Silva à Presidência da República, em 2010, já causou um rebuliço nos meios políticos. No PT, a primeira voz que se levanta é a do comandante Lula. Já (des)qualifica a senadora e sua ex-ministra de Meio Ambiente como "samba de uma nota só". Acusou o golpe na candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No PSDB, jornais dão conta que o sempre candidato à presidência e governador de São Paulo, José Serra, escolheu o deboche - natural em momentos de insegurança - como reação a uma candidatura inesperada e que ainda não se concretizou. Espalha que Marina seria seu "sonho de consumo" como, é claro, sua vice-presidente.

O Democratas, como sempre, apenas expia o desenrolar do novo quadro que se pinta. E os partidos-satélites, bem, continuarão satélites a reverberar a ordem de seus comandantes. Tudo isso, entretanto, não passa da política rastaquera que tem na preservação do poder e na garantia dos espaços regionais sua mola de transmissão.

O que Marina Silva propõe e deixa muita gente de barba de molho é a mudança de todo um modelo de desenvolvimento. Queiram ou não, a partir de agora, este assunto já é pauta obrigatória na sucessão de Lula. Isso é política com "p" maiúsculo e não interessa ao grupo que preserva com unhas e dentes suas benesses. Marina Silva representa, como mesmo tem dito, a continuação da utopia do crescimento auto-sustentável.

O desafio da provável candidata verde é mostrar ao povão que essa proposta é muito mais do que uma hortinha no fundo do quintal ou o simples plantio de árvores. Trata-se do chute inicial que pode fazer do Brasil o pioneiro da nova Ordem Mundial necessária a sobrevivência de nossos sucessores.

Uma nova Ordem que, com certeza, contraria todo um status quo. O que aguarda a pequena seringueira é o enfrentamento frontal com banqueiros, empreiteiros, grandes produtores, industriais e todos os aceclas que orbitam em torno destes. A luta de David contra um Golias anabolizado.

Por incrível que pareça isso não preocupa. O fato em si de uma candidatura capaz de catalizar todo este sentimento difuso em boa parte da sociedade já ser posta reascende a chama perdida na mesmice do poder pelo poder.

Algumas perguntas devem atormentar, neste momento, os "gurus" (sic) das demais candidaturas. Ente elas: como reagirão os movimentos sociais diante desta proposta? A pesquisa dando de saída Marina com 14% das intenções de votos em alguns cenários feita por Antonio Lavareda, profissional de competência inquestionável, se confirmará nas que virão em breve? Como reagirá, esta preocupação já é posta claramente por políticos dos mais diferentes partidos, o eleitorado mais jovem? O efeito Gabeira, verificado nas eleições municipais de 2006 do Rio de Janeiro, vai se expandir ao resto do país com Marina Silva? Apostem suas fichas, o jogo agora começou.

domingo, 2 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - RECOMENDAÇÃO DO BLOG

Prolifera na rede mundial o número de pessoas e organizações preocupadas com a questão ambiental. Melhor, oferecendo suas contribuições para a melhoria da qualidade de vida no planeta. Entre tantos, recomendo o blog www.viver-sustentavel.blogspot.com. Lá, pode-se encontrar de tudo um pouco.

O interessante é que o blogueiro preocupa-se em fazer da página um manancial de proposições fugindo da superficialidade dos alertas de riscos de sobrevivência num planeta cada vez mais sujo. Há, por exemplo, uma série de receitas e definições de adubação orgânica. É isso aí.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

MEIO AMBIENTE - MARINA SILVA NO PV...


Era só o que faltava. O blog do jornalista Fábio Pannunzio informa que a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (AC), articula saída do PT. Iria para o Partido Verde (PV). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto fez que pode perder mais essa estrela.

"O desdém do PT com a senadora Marina Silva (PT-AC) pode custar ao partido a saída dela da legenda. A parlamentar, ex-ministra do Meio Ambiente, iniciou conversações sérias para se filiar ao PV. O primeiro encontro estava marcado para hoje. A negociação ainda é incipiente, mas a legenda sonha em ver Marina disputando o Palácio do Planalto ou reeleita senadora pela sigla, em 2010. Para tanto, ela teria de anunciar a mudança até setembro - prazo para troca de partido tendo em vista as próximas eleições. Símbolo da ala ambiental do PT, ela teria postura independente no novo partido.

A relação entre Marina e o PT se deteriora a olhos vistos, desde à época em que ela ainda era a ministra do Meio Ambiente. No fim de sua passagem pela pasta, e até mesmo como senadora, a parlamentar acreana foi desmoralizada publicamente pelo governo, mais do que qualquer ministro que tenha passado pela Esplanada dos Ministérios desde a primeira posse de Lula, em 2003. A pá de cal na relação entre o partido e a senadora foram a aprovação da MP 458, que prevê a regularização fundiária de 67 milhões de hectares da Amazônia, e o enquadramento imposto pelo Palácio do Planalto aos senadores petistas no caso Sarney".

quarta-feira, 22 de julho de 2009

MEIO AMBIENTE - E SALVE A ENERGIA EÓLICA.

Foto e fonte: Greenpeace
Pequim, China — Novo estudo, baseado no relatório [R]evolução Energética, revela que energia dos ventos pode produzir até 30% da demanda mundial.
A energia eólica pode produzir 12% da demanda energética mundial e evitar a emissão de 10 billhões de toneladas de CO2 em 12 anos, de acordo com o relatório Panorama de Energia Eólica Global 2008 (Global Wind Energy Outlook 2008), elaborado em parceria pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) e Greenpeace. O estudo traça cenários para o potencial de energia eólica até 2050 e explica como a energia pode suprir até 30% da eletricidade mundial até lá, evitando a emissão de 1,5 bilhão de toneladas de CO2 por ano.
"Temos apenas alguns anos para conseguir reduzir as emissões globais de CO2 e a energia eólica tem um papel chave neste processo. Nenhuma outra tecnologia chega perto desse objetivo, considerando a capacidade de geração, as baixas emissões e a rapidez de implantação”, disse o Secretário Geral do GWEC, Steve Sawyer.O relatório é baseado no novo cenário [R]evolução Energética (leia aqui o sumário executivo em português), que indica uma alta participação eólica, entre hoje e 2050, na matriz elétrica mundial.

Esta evolução depende da adoção de acordos climáticos concretos e da criação de regulação adequada para as novas energias renováveis.O estudo Panorama de Energia Eólica Global 2008 foi lançado na Conferência Global de Energia Eólica em Pequim. A China é dona do mercado de energia eólica que mais cresce hoje no mundo e deve se tornar o maior fabricante de equipamentos até o fim de 2009.

Também em Pequim, foi lançado o relatório O Verdadeiro Custo do Carvão (arquivo em pdf, texto em inglês), encomendado pelo Greenpeace, WWF e Energy Foundation. Ele calcula os custos externos do carvão e reivindica que um preço mais justo seja adotado para o combustível.

A incorporação de custos de impactos como a poluição do ar e da água, a degradação de ecossistemas e impactos na saúde humana resultaria no aumento de 23% no preço do combustível. Esse número, segundo o relatório, em vez de impactar o crescimento econômico chinês, reduziria gastos sociais.

"As térmelétricas a carvão e a combustíveis fósseis em geral perdem para a energia eólica não apenas no aspecto ambiental, mas também em termos econômicos e sociais. São muito mais caras do que os parques eólicos por conta do preço do combustível utilizado e tem um potencial de geração de empregos muito menor. O setor eólico já emprega mais de 350 mil pessoas no mundo hoje e deve empregar 2 milhões de pessoas em 2020" compara Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.

UM TEMPO PARA MIM...


Hoje cheguei bastante cansado em casa. E olha que o batente não foi tão pesado assim. Resolvi dar um tempo para mim e fazer coisa que há muito tinha deixado de lado. Armei a rede na varanda e resolvi apreciar um pouco da vida bucólica-pastoril. Em época de reprodução, os sapos estão numa cantoria de fazer gosto no laguinho da chácara.
Os grilos, por sua vez, numa sinfonia imperdível. A única coisa que não combina é a Voz do Brasil no rádio. Ou será que combina? Ah, enfim acabou. Entrou a Janes Joplin. De volta a calmaria do mato doce mato. Realmente valeu a pena a decisão, em 1997, de mudar de um apartamento de 47 metros, no Guará, para este pedacinho de cerrado.

Cada investimento, cada árvore plantada e cuidada. É impagável tomar um café no fim de tarde sentado na escada da varanda espiando o por do Sol, os tucanos, beija-flores, tico-ticos, uma infinidade de passáros. Comer minhas verduras da horta orgânica e rir com os patos no banho da tarde.

Isso tudo, claro, quando o Lobo, uma mistura de pastor alemão com roteweiller, não resolve brincar neste momento de contemplação. Agora, aqui da minha rede, vejo o quanto é importante valorizar os "pequenos" momentos e não esperar pelos "grandes". Enquanto divago, o Lobo ronca embaixo da rede. Nada é perfeito...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

CONSIDERAÇÕES DO BLOG

NO MUNDO DA LUA, ESQUECEM DA TERRA


Neste 20 de julho de 2009 jornais, blogs e telejornais bombardearam a população com o noticiário da aterrissagem do homem em solo lunar. Já planejam uma nova viagem até 2020. Quem sabe uma escala para Marte ou outro planeta deste Sistema Solar.Legal. Seria lindo se, neste intervalo de tempo entre este marco da corrida espacial e hoje, tivéssemos feito o dever em nossa Casa.

Pois é, enquanto passam o dia no mundo da Lua esquecem da Casa onde vivem. O agora, o imediato, veda os olhos de todos os que têm responsabilidades pela preservação da qualidade de vida no planeta. Um bando de pobres coitados que terão as biografias revistas pela segunda geração de suas respectivas famílias.

Presenciar senhores da guerra travestirem-se de pombas da paz é ridículo. Ver alguns que representaram os sonhos e anseios das massas tacarem fogo no mundo por conta de pequenos trocados é cruel. Enquanto isso, a vassalagem se farta num banquete suicida expondo suas babas misturadas a carne podre e vinho avinagrado.

Todos não percebem que as coisas começam a mudar a sua volta. Dentro de suas casas. Novos conceitos, novo modo de viver com respeito e maior sentimento de compartilhar brota nos corações dos pequenos. Ganha força o movimento preservacionista e, a cada dia, aumenta a busca por textos, cursos e propostas de resgate do lugar do homem neste planeta. Não como ser superior mas como parte.

Enquanto isso, os generais do mundo e aí incluo não só os que têm o cetro mas, também, aqueles que detém os cofres, continuam cegos, surdos e mudos. Preparam o réquiem de suas existências. Que hoje possamos preparar o terreno para os pequenos do mundo. Que estes, por sua vez, dêem andamento ao processo de criação e implantação da Nova Ordem. Que, por fim, a Terra não seja só azul quando vista da Lua ou de qualquer outro lugar do espaço. Mas, também, verde, muito verde e limpa.

domingo, 12 de julho de 2009

MEIO AMBIENTE - VAMOS REFORÇAR ESTA CORRENTE GALERA...

Fonte: Greenpeace

Atenção "verdinhos", vamos nos integrar a esta campanha do Greenpeace. Aqui vai uma modesta adesão ao propósito com a divulgação, no blog. Não percamos tempo. Para acessar a página do Greenpeace clique no link http://www.greenpeace.org/brasil/participe/ciberativismo

"É agora ou agora! l
O Brasil pode – e deve – assumir a liderança na construção de um novo modelo de desenvolvimento, se comprometendo a:

- Zerar o desmatamento da Amazônia até 2015 e apoiar a criação de fundo financeiro internacional para apoiar este objetivo (mecanismo Florestas pelo Clima);
- Garantir que pelo menos 25% da eletricidade sejam gerados a partir de fontes renováveis de energia como vento, sol, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas até 2020 e apoiar a transferência de tecnologia entre os países;
- Transformar pelo menos 30% do território costeiro-marinho do Brasil em áreas protegidas até 2020".

sábado, 4 de julho de 2009

MEIO AMBIENTE - ARTIGO DO DALAI LAMA

Foto: Acqua Wordpress
Amigos(as), segue um texto de Sua Santidade o Dalai Lama sobre a responsabilidade humana quando o assunto é meio ambiente. Boa leitura à todos.


Ensinamentos: Responsabilidade Universal e o Meio Ambiente

"Ainda menino, ao estudar o budismo, foi-me ensinado a importância de uma atitude de cuidado para com o meio ambiente. A nossa prática de não violência se aplica não só aos seres humanos, mas a todos os seres sencientes — qualquer ser vivente que possua uma mente. Onde houver uma mente, haverá sentimentos como dor, prazer e alegria. Nenhum ser senciente deseja a dor: em vez disso, todos querem a felicidade. Acredito que todos os seres sencientes compartilham estes sentimentos em um nível básico.

Na prática budista, ficamos tão familiarizados com esta idéia de não-violência e cessação de todo sofrimento que ficamos acostumados a não fazer mal ou destruir qualquer coisa indiscriminadamente. Apesar de não acreditarmos que árvores ou flores têm mentes, nós as tratamos com respeito. Assim, compartilhamos um senso de responsabilidade universal tanto pela humanidade quanto pela natureza.

A nossa crença na reencarnação é um exemplo de nossa preocupação com o futuro. Se você pensar que vai renascer, provavelmente dirá a si mesmo, "eu preciso preservar tal e tal coisa porque minha reencarnação futura conseguirá continuar com estas coisas". Embora exista uma chance que você possa renascer como uma criatura — talvez até em um planeta diferente — a idéia da reencarnação lhe dá um motivo para ter preocupação direta com este planeta e as gerações futuras.

No ocidente, quando falamos de "humanidade" estamos normalmente nos referindo apenas à atual geração de seres humanos. A humanidade do passado já foi. O futuro, como a morte, ainda não chegou. As idéias ocidentais normalmente lidam com o lado prático das coisas unicamente para esta geração atual de seres humanos.

Os sentimentos tibetanos a respeito do meio ambiente se baseiam inteiramente na religião. Eles se derivam de todo o modo de vida tibetano, não só do budismo. Por exemplo, vamos considerar o budismo no Japão ou Tailândia, em meio ambientes diferentes dos nossos. Suas culturas e suas atitudes não são as mesmas que as nossas. O nosso meio ambiente único nos influenciou fortemente. Não vivemos em uma ilha pequena e imensamente populosa. Historicamente, temos tido muito pouca ansiedade com as nossas áreas imensas, pequena população, e vizinhos distantes. Não nos sentimos tão oprimidos quanto as pessoas em outras comunidades humanas.
É muito possível praticar a essência de uma fé ou cultura sem praticar a religião. A nossa cultura tibetana, apesar de ser uma cultura, apesar de ser altamente influenciada pelo budismo, não obteve toda a sua filosofia do budismo. Certa vez, eu sugeri a uma organização que lidava com refugiados tibetanos que seria interessante fazer alguma pesquisa sobre quanto o nosso povo havia sido afetado por sua maneira de abordar a própria vida no Tibet. Quais são os fatores que fazem com que os tibetanos sejam geralmente felizes e serenos? As pessoas estão sempre procurando respostas em nossa religião única, esquecendo-se de que o nosso meio ambiente é igualmente incomum.

A preocupação com o meio ambiente não é necessariamente santa, nem requer compaixão. Nós budistas expressamos a compaixão por todos os seres, mas esta compaixão não é necessariamente estendida a cada pedra, ou árvore, ou casa. A maioria de nós está meio preocupada com nossa própria casa, mas não somos realmente compassivos com ela. Mantemos a casa em ordem para que possamos viver e ser felizes. Sabemos que para ter sentimentos felizes em nossa casa devemos cuidar dela. Então, os nossos sentimentos podem ser de preocupação em vez de compaixão.

De forma similar, o nosso planeta é a nossa casa, e devemos mantê-lo em ordem e cuidar dele se formos sinceramente preocupados com a nossa felicidade e a felicidade de nossos filhos, amigos e outros seres sencientes que compartilham conosco esta grande casa. Se pensarmos no planeta como sendo a nossa casa, ou como a "nossa mãe" — a Terra Mãe — vamos automaticamente nos preocupar com o nosso meio ambiente. Atualmente compreendemos que o futuro da humanidade depende muito de nosso planeta, e que o futuro do planeta depende muito da humanidade. Mas isto não tem sido sempre claro para nós. Até agora, a Terra Mãe têm de certa forma tolerado nossos hábitos caseiros desleixados. Mas agora, o uso humano, a população e a tecnologia alcançaram até um estágio onde a Terra Mãe não aceita mais a nossa presença em silêncio. De muitas maneiras ela agora está nos dizendo, "Meus filhos estão se comportando mal", ela está nos avisando que há limites para as nossas ações.

A atitude do budismo tibetano é uma de contentamento, e pode haver alguma ligação aqui com a nossa atitude em relação ao meio ambiente. Não consumimos indiscriminadamente. Colocamos um limite em nosso consumo. Admiramos a vida simples e a responsabilidade individual. Sempre nos consideramos parte de nosso meio ambiente, mas não apenas qualquer parte. As nossas escrituras antigas falam do container e do contido. O mundo é o container — a nossa cassa e nós somos o contido — o conteúdo do container.

Destes fatos simples deduzimos um relacionamento especial, porque sem o container, o conteúdo não pode ser contido. Sem o conteúdo o container nada contém, é sem sentido.
Em meu Plano de Paz de Cinco Pontos, propus que Tibet inteiro se tornasse um santuário, uma zona de paz. O Tibet certa vez já foi isso, mas sem qualquer designação oficial. Paz significa harmonia: harmonia entre as pessoas, entre pessoas e animais, entre seres sencientes e o meio ambiente. Visitantes do mundo inteiro viriam ao Tibet para vivenciar paz e harmonia. Em vez de construir grandes hotéis com muitos andares e muitos quartos, faríamos pequenos prédios, mais parecidos com residências particulares, que estariam em melhor harmonia com a natureza.
Não há nada errado em os humanos usarem a natureza para fabricar coisas úteis, mas não devemos explorar a natureza desnecessariamente. È bom viver em uma casa, ter remédios e poder dirigir para algum lugar de carro. Nas mãos certas, uma máquina não é um luxo, mas sim algo bastante útil. Uma máquina fotográfica, por exemplo, pode ser usada para tirar fotos que promovem a compreensão.

Mas tudo tem limite. Muito consumo ou esforço para ganhar dinheiro não é bom. Nem é bom contentamento demais. Em princípio, o contentamento é uma meta, mas o contentamento puro fica quase como um suicídio, não é? Penso que os tibetanos tiveram, em certas áreas, contentamento demais. E perdemos o nosso país. Atualmente, não podemos nos permitir tanto contentamento a respeito do meio ambiente.

A paz e a sobrevivência da vida na terra como a conhecemos estão ameaçadas pelas atividades humanas sem compromisso com valores humanitários. A destruição da natureza e recursos naturais é resultado de ignorância, ganância e falta de respeito por tudo que vive sobre a terra. Esta falta de respeito se estende aos descendentes humanos da terra, às gerações futuras que herdarão um planeta vastamente degradado se a paz mundial não se tornar uma realidade e se a destruição do meio ambiente natural continuar no ritmo atual.

Os nossos ancestrais viam a terra como rica e abundante, o que ela é. Muitas pessoas no passado também viram a natureza como inesgotavelmente sustentável, o que agora sabemos que só será o caso se cuidarmos dela. Não é difícil perdoar a destruição no passado que foi motivada por ignorância. Mas, hoje em dia temos acesso a mais informações. É essencial que reexaminemos de forma ética o que herdamos, pelo que somos responsáveis, e o que vamos deixar para as gerações vindouras.

Esta é claramente uma geração crucial. A comunicação global é possível, no entanto confrontos ocorrem com mais freqüência do que diálogos significativos pela paz. As nossas maravilhas da ciência e tecnologia são equiparadas, se não excedidas, pelas muitas tragédias correntes, inclusive a inanição humana em algumas partes do mundo e a extinção de outras formas de vida. A exploração do espaço sideral ocorre ao mesmo tempo em que cresce a poluição dos oceanos, mares e águas frescas da própria terra, e suas formas de vida ainda são em grande parte desconhecidas ou mal compreendidas. Muitos dos habitats, animais, plantas, insetos e até micro-organismos da terra que conhecemos como raros podem não ser conhecido pelas gerações futuras. Temos a capacidade e a responsabilidade. Devemos agir antes que seja tarde demais.

MEIO AMBIENTE - SOBROU ATÉ PARA A MANDIOCA...

Fonte: Reuters
Foto: Google

Culturas como a mandioca, das quais milhões de pessoas em todo o mundo dependem, tornam-se mais tóxicas e produzem menos em um mundo com mais gás carbônico e secas, dizem cientistas australianos.

Ros Gleadow, da Universidade Monash (Melbourne), testou a reação da mandioca e do sorgo a uma série de cenários de mudança climática para estudar a qualidade nutricional e a produtividade.

Ambas as espécies produzem o veneno cianeto quando suas folhas (e, em algumas variedades de mandioca, a raiz) são esmagadas. O grupo testou as plantas com três concentrações diferentes de CO2.

Com o dobro da concentração atual (380 partes por milhão) de CO2, o nível do composto tóxico da mandioca fica bem mais alto. Entretanto, o aumento é só nas folhas. "Mas a planta não cresce tão bem", disse Gleadow.

NOTA DO BLOG: É amigos, a situação é grave mesmo. Nem a mandioca nossa de cada dia se salva dos efeitos das chaminés das fábricas, das bocas dos escapamentos de nossos carros e do desmatamento selvagem da Amazônia, cerrado e florestas de todo o mundo.

MEIO AMBIENTE - SÍTIO PINHEIROS

Brasília tem se destacado entre as cidades preocupadas com o meio ambiente e com a preservação da qualidade de vida de seus cidadãos. Aqui, não me refiro as entidades governamentais, mas ao próprio cidadão. Cada qual, do seu jeito e dentro de suas potencialidades, busca neste nicho conciliar preservação ambiental com meio de vida. Neste sentido, destaco o trabalho realizado pelo pessoal do Sítio Pinheiros, em Brazlândia.

O pessoal otimizou os trabalhos e hoje, além de exemplo de auto-sustentação, desenvolveu uma série de cursos, trabalho com excursões e outros mais, sempre com foco na preservação ambiental. O mais legal é o sistema de rede de integração e parceria da qual fazem parte.

Por isso tudo, recomendo uma visita ao site http://www.sitiopinheiros.com.br/

Um abraço a todos e parabéns a nós brasilienses pelo exemplo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

SAÚDE/MEIO AMBIENTE - CITRONELA CONTRA A LEISHMANIOSE

Foto:Google
Amigos(as), soube que no Lago Oeste, onde moro, apareceram alguns casos de leishmaniose em cães. Conversei com a veterinária dos meus cachorros e ela me ensinou uma receita básica para evitar a doença nos animais. Aí vai:

Macerar bastante citronela - eu mesmo replantei na minha chácara - e misturar com algum óleo mineral. Quando o líquido estiver homegêneo borrifar em partes como orelhas, patas, ânus (por incrível que pareça) do cão. De preferência todos os dias uma vez que o mosquito ataca no início da manhã e fim da tarde. Outra informação: Quanto mais concentrada a mistura de citronela melhor. Abraço à todos e bom proveito.

domingo, 28 de junho de 2009

MEIO AMBIENTE - HORTA VERTICAL PARA QUEM MORA EM APARTAMENTOS

Foto: Corbis Foto/Google
Esta mensagem é para quem mora em apartamento. Parodiando o Casseta, se você que está nesta situação e não aguenta mais pagar alto preço nos supermercados para ter uma verdurinha orgânica em sua mesa SEUS PROBLEMAS ACABARAM. Muita gente já cultiva, em suas áreas ou até mesmo na cozinha, pequenas hortas verticais. Num espaço mínimo, se pode colher de tudo um pouco: alface, rúcula, folhas em geral, rabanete, cenoura, beterraba, pimenta, pimentão, etc, etc, etc. Aí vai a dica de como fazer.
MATERIAL:
1) Uma ou duas barras de cano PVC para tubulação de esgoto (aqueles brancos).

2) Um suporte vertical. Você pode usar direto na parede ou encomendar um de barra de ferro de construção - já com o apoio para as barras - a um serralheiro.
MODO DE FAZER:

1) Serre ao meio o cano PVC.

2) Faça pequenos furos no fundo de cada meia-barra. É por aí que a água regada sairá.

3) Defina o tamanho de cada barra de acordo com a disponibilidade de espaço.

4) Prenda os suportes verticais na parede ou defina um lugar para se colocar a "estante verde". O espaçamento vertical entre um suporte e outro deve ser de 25 a 30 cm.

5) O ideal é que uma meia-barra de PVC fique sobre a outra. Desta maneira, ao regar os canteirinhos, de cima para baixo, você vai gastar menos água e aproveitar a adubação. Contribua para reduzir o consumo de água.

6) Utilize como adubo, de preferência, humus de minhoca misturado com um pouco de terra vermelha. Encha as barras ao máximo.

7) Agora, pode comprar as sementinhas e divirta-se. Importante, mantenha sempre a terra afofada. Brincar com horta é terapêutico neste mundo estressante.

Recomendo a utilização de uma das barras para o cultivo de plantas medicinais e temperos, como manjericão, hortelã, alecrim, etc. Outra opção, é usar um vazo grande para cultivar estas ervas.

Abraço a todos.

MEIO AMBIENTE - CONVENÇÃO DA ONU SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Fonte: Greenpeace

Amigos(as), em dezembro líderanças mundiais e representantes de centenas de ONGs vão se reunir em Copenhage (Dinamarca) para debater as medidas já adotadas de redução dos efeitos do aquecimento global e a avaliação de novas providências. O encontro, patrocinado pela ONU, também servirá para a análise dos últimos relatórios científicos sobre a velocidade do aquecimento planetário.

Portanto, mantenham-se informados. Uma boa fonte é a página do Greenpeace. No link http://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil-clima/cop-15 vocês poderão encontrar tudo sobre o COP-15. O Greenpeace, nesta página, disponibiliza uma série de informações sobre a situação mundial e brasileira sobre o assunto e, também, dicas de como cada um pode fazer sua parte para garantir um planeta mais saudáveis às futuras gerações.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

INTERNACIONAL - PROTESTOS NO IRÃ SÃO REPRIMIDOS IRÃ E GOVERNO ACUSA A CIA DE INCITAR AS MANIFESTAÇÕES


A polícia iraniana continuou hoje a reprimir as manifestações de rua em Teerã. Os protestos tiveram início após a denúncia de que as eleições presidenciais de 12 de junho foram fraudadas.

Hoje, de acordo com a Aljazeera centenas de manifestantes que se organizavam para um protesto nas proximidades do Parlamento foram dispersados com o uso de armas, gás lacrimogêneo, escudos, cassetetes e jatos d'água.
Pelo menos 19 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia e milícias governamentais, informa a Aljazeera.

A cada dia o candidato de oposição derrotado nas eleições, Mir Hossein Mousavi, procura se desvincular das manifestações. Mousavi foi o autor da denúncia de fraude na eleição e é considerado o principal incentivador dos protestos.

Segundo a agência de notícias, tem anunciado na sua página oficial na internet que as manifestações são de iniciativa exclusiva da população e nega qualquer participação nas organizações dos protestos.

O ministro do Interior, Sadeq Mahsouli, acusou a Agência Central de Inteligência (CIA), dos Estados Unidos, de organizar e dar apoio aos responsáveis pelos protestos de rua.

O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, por sua vez, passou o dia afirmando que não cederá a reivindicação da oposição e dos manifestantes para que uma nova eleição presidencial. Com isso, Khamenei mantêm o apoio a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.

"Nem a criação nem a nação vai render à pressão a qualquer custo", disse o líder supremo em declaração à rede de televisão estatal.





terça-feira, 23 de junho de 2009

INTERNACIONAL - E CONTINUA TUDO IGUAL NO IRÃ...


Fonte: Al-Jazzera com Reuters

Os Guardiães do Conselho iraniano, o mais alto órgão legislativo do país, descartaram a possibilidade de anulação da eleição presidencial disputada em 12 junho. A reeleição de Mahmoud Ahmadinejad foi mantida pelo conselho apesar das alegações da oposição de fraude e da explosão país afora de manifestações de populares desde o anúncio oficial.
Kadkhodaie Ali Abbas, porta-voz do Conselho dos Guardiães, disse nesta terça-feira (23) que nenhuma grande fraude ou violação foi testemunhada na eleição. Enquanto isso, a agência Reuters informa que 19 pessoas já teriam morrido em consequência da repressão governamental às manifestações de rua.

"Estamos confiantes de que não tenha havido qualquer irregularidade e que ali foi apenas um erro de cálculo estatístico", afirmou o porta-voz à Al Jazeera. O conselho chegou a reconhecer discrepância de votos em 50 cidades. Justificou, no entanto, que os problemas verificados foram normais e ofereceu apenas uma recontagem parcial dos votos.

MEIO AMBIENTE - PLANTE EM SEU QUINTAL...SEM GASTAR!


Quando se fala em reflorestamento é normal pensar no plantio de grandes áreas degradadas, com dispêndio de muito dinheiro para a reconstituição do cerrado, Mata Atlântica e outros biomas. No entanto, a melhoria da qualidade do ar que respiramos está ao alcance de cada um de nós.


Se você mora numa casa, com pequeno quintal ou conhece em seu bairro terrenos baldios degradados que necessitam de um visual novo como uma matinha especial a ser compartilhada por todos por que não juntar uma galera - especialmente crianças - e brincar. Pode, inclusive, otimizar a feira nossa de cada semana com a mistura de sementes de fruteiras e de verduras, porque não?


Existe uma técnica - BOLAS DE SEMENTES - de fácil manipulação e própria para a recuperação de terrenos degradados ou sem matinha. Quase não gera despesa e melhor, se faz de forma bastante lúdica. Portanto, mãos à obra. Segue a receita de como fazer as bolas de sementes e instruções de semeadura:


INGREDIENTES:

- 5 partes de terra argilosa peneirada (de preferência vermelha).

- 3 partes de composto (humus de minhoca, substrato ou esterco de gado).

- 1 parte de coquetel de sementes SECAS (procure incluir uma boa variedade,incluindo sementes de adubacão verde como feijao guandu, frutiferas, arbustos,legumes, etc.).

- 1 a 2 partes de água.


INSTRUCÕES:

1 - Adicionar o composto às sementes e misturar bem.

2 - Adicionar a terra às sementes + composto e misturar até que esteja homogêneo.

3 - Adicione a água passo-à-passo até que as bolas possam ser feitas, num diâmetro de até 3,0 cm (de preferência).

4 - Secar as bolas de sementes à sombra, entre 1 a 2 dias.

5 - Pronto! As bolas podem ser usadas imediatamente, ou armazenadas em local

seco para uso posterior.

6 - Para usar, simplesmente coloque ou jogue as bolas sobre a superfície, sem enterrá-las. Se possível escolha lugares onde a grama (quando houver) esteja bem baixa. Deixe-as sobre a terra até que a chuva as umedeca e inicieo processo...

7 - Com a chegada da chuva a cobertura de terra se desfaz e as sementes começam a germinar. O composto por sua vez fornece aquela carga extra de energia à semente recém-brotada, e parte ao solo que vai receber a nova vida.

BOA SORTE!

MEIO AMBIENTE - PLANETA SUSTENTÁVEL

Amigos(as), adicionei a logomarca do site Planeta Sustentável. Para quem se interessa em participar da corrente por uma nova ordem que tenham como princípio o respeito ao ambiente, ao próximo e a si próprio, vale a pena dar uma navegada. Boa sorte a todos(as). Qualquer dificuldade é só digitar www.planetasustentavel.abril.com.br

segunda-feira, 22 de junho de 2009

MEIO AMBIENTE - ECOLOGIA INTEGRAL


Foto: Guia do Universo
Ecologia integral - Por fim, a quarta - a ecologia integral - parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.
Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui.
Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.
Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese: (1) a complexidade/diferenciação, (2) a auto-organização/consciência e (3) a religação/relação de tudo com tudo. A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegaram à consciência reflexa no ser humano. O universo, pois, como um todo possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.
As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte, constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos.
A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões. Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem, rica de novas potencialidades.
Bibliografia mínima de orientação
- Boff, L., Uma cosmovisão ecológica: a narrativa atual, em Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Atica, S.Paulo1995, pp.63-100.
- Crema, R., Introdução à visão holística, Cultrix, S.Paulo 1997.
- De Duve, C, Poeira vital. A vida como imperativo cósmico, Campus, Rio de Janeiro 1997.
- Gadotti, M., Pedagogia da Terra, Editora Fundação Peirópolis, S.Paulo 2001.
- Hawking, S., O universo numa casca de noz, Mandarin, S.Paulo 2001.
- Müller, R., O nascimento de uma civilização global, Aquariana, S.Paulo 1991.
- Zohar, D., O ser quântico. Uma visão revolucionária da natureza humana e da consciência baseada na nova física, Best Seller, S.Paulo 1991.

MEIO AMBIENTE - ECOLOGIA MENTAL


Foto: Blog planeta mar azul

Ecologia mental - A terceira, a ecologia mental, chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos. Mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra. Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica. O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.
Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais. A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano esquece esta realidade. Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica. Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra.
Isso somente se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher. Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento. O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado. O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra. Cria a capacidade de re-ligar todas as coisas à sua fonte criadora que é o Criador e o Ordenador do universo. Desta capacidade re-ligadora nascem todas as religiões. Precisamos hoje revitalizar as religiões para que cumpram sua função religadora.
Bibliografia mínima de orientação
-Berry, T., O sonho da Terra, Vozes, Petrópolis 1991
- Boff, L., A nova era: a civilização planetária, Atica, S.Paulo 1995.
- Boff, L.,Eco-espiritualidade:sentir, pensar e amar como Terra, em Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Atica, S.Paulo 1995, pp.285-307.
- Lutzenberger, J., Gaia, o planeta vivo(por um caminho suave), L&PM 1990, Porto Alegre 1990.
- Prigogine, I. E Stengers I, A nova aliança, Editora da Universidade de Brasilia, Brasilia 1990.
- Sagan, C., Pálido ponto azul, Companhia das Letras, S.Paulo 1996.
- Unger, N.M., Encantamento do humano:ecologia e espiritualidade, Loyola, S.Paulo 1997.
-Zohar, D.e Dr. Ian Marshall, QS, Inteligência espiritual, Record, Rio de Janeiro 2000

MEIO AMBIENTE - ECOLOGIA SOCIAL



Foto: UOL

Ecologia social - A segunda, a ecologia social não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.

A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.

Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.
No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro.

Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.

Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.

Bibliografia mínima

- Boff, L., Ecologia, mundialização, espiritualidade, Atica, S.Paulo 1996.

- Boff, L., Do iceberg à arca de Noé, Garamond, Rio de Janeiro 2002.

- Boff, L., Ecologia social em face da pobreza e da exclusão, em Etica da vida, Letraativa, Brasilia 2000, pp. 41-72.

- Minc, C., Como fazer movimento ecológico e defender a natureza e as liberdades, Vozes, Petrópolis 1987.

- Müller, R, O nascimento de uma civilização global, Aquariana, S.Paulo 1993.

- Vários. Nosso futuro comum. Comissão Mundial sobre o Meio Ambiene, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro 1988.