A polícia iraniana continuou hoje a reprimir as manifestações de rua em Teerã. Os protestos tiveram início após a denúncia de que as eleições presidenciais de 12 de junho foram fraudadas.
Hoje, de acordo com a Aljazeera centenas de manifestantes que se organizavam para um protesto nas proximidades do Parlamento foram dispersados com o uso de armas, gás lacrimogêneo, escudos, cassetetes e jatos d'água.
Pelo menos 19 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia e milícias governamentais, informa a Aljazeera.
A cada dia o candidato de oposição derrotado nas eleições, Mir Hossein Mousavi, procura se desvincular das manifestações. Mousavi foi o autor da denúncia de fraude na eleição e é considerado o principal incentivador dos protestos.
Segundo a agência de notícias, tem anunciado na sua página oficial na internet que as manifestações são de iniciativa exclusiva da população e nega qualquer participação nas organizações dos protestos.
O ministro do Interior, Sadeq Mahsouli, acusou a Agência Central de Inteligência (CIA), dos Estados Unidos, de organizar e dar apoio aos responsáveis pelos protestos de rua.
O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, por sua vez, passou o dia afirmando que não cederá a reivindicação da oposição e dos manifestantes para que uma nova eleição presidencial. Com isso, Khamenei mantêm o apoio a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.
"Nem a criação nem a nação vai render à pressão a qualquer custo", disse o líder supremo em declaração à rede de televisão estatal.
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