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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - GREENPEACE QUER TEMPO PARA ANALISAR IMPACTOS DO PRÉ-SAL

Foto: Mídia.com
Fonte: Agência Brasil

No dia da divulgação do marco regulatório sobre a exploração do petróleo na camada pré-sal, a organização não governamental (ONG) Greenpeace cobrou maior discussão sobre os impactos ambientais decorrentes dessa medida. “Nosso questionamento é que o governo brasileiro esqueceu, na festa do pré-sal, um convidado importante: o meio ambiente”, disse à Agência Brasil o diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão.

Segundo ele, as emissões de bilhões de toneladas de gás carbônico decorrentes da exploração e da cadeia produtiva de refino do óleo podem ser compensadas pelos mares. Para isso, contudo, é preciso que 30% da extensão marítima brasileira passe a ser área protegida.

“Criar áreas de proteção no mar é uma tarefa que o governo precisa assumir para que a gente tenha esse impacto minimizado. Essa decisão está na mesa do presidente da república e não significa gasto extra”, alega Leitão. Os mares são responsáveis por 50% da absorção de gás carbônico provocada pela queima de combustíveis fósseis, como o petróleo.

De acordo com Leitão, promover essa preservação é mais barato que usar a tecnologia de captação de carbono, conhecida como CCS, anunciada pelo governo. “Essa tecnologia não existe ainda. Ela nunca foi testada, ainda está em laboratório. E mesmo que venha a existir, vai custar caríssimo.”


domingo, 30 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - PERMACULTURA NO LAGO OESTE

Amigos(as), é muito bom ver neste mundo maluco indivíduos que ainda preservam - e praticam - a utopia de modificar as relações humanas e o modo como de interagir com a natureza. No Lago Oeste, um núcleo rual de Brasília, algumas pessoas já vivem desta forma e procuram expandir seus conhecimentos para a comunidade.

Este é o princípio da permacultura. Conheci a Andréa e o Fábio, casal que assumiu este sistema como uma filosofia de vida, colocou em prática algumas de suas técnicas na sua chácara e, agora, se lançaram ao desafio de formar uma rede na comunidade. Fantástico para um lugar estratégico do ponto de vista ambiental.

O Lago Oeste está localizado num dos pontos ambientais mais sensíveis do Distrito Federal. Daí a demora da regularização das chácaras pela União. Mas esta é outra história. O fato é que a comunidade instalou-se num corredor de ligação entre o Parque Nacional e a Chapada da Contagem, dois biomas fundamentais para Brasília, especialmente no que diz respeito a preservação da qualidade da água de seu lençol freático.

É justamente aí que entra a necessidade de iniciativas como a desse casal verdinho. A utilização de técnicas permaculturais pelos chacareiros com técnicas agroflorestais, plantações orgânicas e aproveitamento racional e potencializados de recursos como captação de água e energia solar nos dá a rara oportunidade de demonstrar às autoridades públicas que somos capazes de garantir a preservação deste pedaço estratégico de terra. Num aspecto mais amplo é o desafio de mostrar que a convivência - e não a relação de domínio - é viável como modelo de desenvolvimento humano e econômico.

Neste fim de semana realizamos na chácara da Andréa e do Fábio o primeiro encontro do grupo. Foi um excelente curso teórico e prático de introdução a permacultura. Essas pessoas, por enquanto, resumem-se a no máximo 15. Mas o berçário, como fala o casal, está criado.

O bom é que a execução da permacultura não é excludente. Qualquer pessoa, mesmo as que residem em apartamentos têm condições de implementar algumas de suas técnicas. Portanto, sugiro uma visita ao site do casal. À quem interessar o link está logo abaixo: http://www.sustentavelnapratica.net/

Boa viagem!

P.S - Registro que iniciei um projeto piloto na minha chácara de plantio agroflorestal de cerca de 1.400 metros.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ARTIGO - Capitalismo x Socialismo e o Capitalismo Social

Encontrei o artigo abaixo, de autoria do professor Miguel Fontes, numa consulta ao velho e bom amigo Google. Análise interessante sobre a conciliação das regras de mercado com a necessidade imposta neste século de completa revisão do modelo econômico a partir de um crescimento sustentável. Capitalismo Social? Não sei e sou neófito quando o assunto é desenvolvimento com sustentabilidade. Mas não me furto a pensar sobre o assunto.

"Não há como negar o eterno dilema das teorias outrora “modernas” sobre o desenvolvimento socioeconômico de um país. De um lado, o capitalismo de Adam Smith com suas teorias sobre Decisões Racionais, e do outro lado, o socialismo de Karl Marx com suas teorias sobre Conflito de Classe. Aliás, muitos morreram lutando e acreditando fielmente em uma dessas correntes como doutrina quase religiosa.

Chegamos ao Século XXI e o que vemos, na realidade, é que nenhuma das duas doutrinas isoladamente conseguiu trazer plena harmonia aos povos.
A resposta para um desenvolvimento mais pleno dos países parece estar na harmonização das duas teorias e no fortalecimento do conceito de Capitalismo Social. Quando o banqueiro de Bangladesh, Muhammad Yunus, ganhou o prêmio Nobel da Paz de 2006, com suas linhas de financiamento para a baixa renda, o mundo pôde conhecer um pouco mais sobre os benefícios de sistemas capitalistas que incorporam segmentos populacionais mais vulneráveis.


O Banco Mundial trabalha para a erradicação da pobreza no mundo para garantir a geração de riqueza econômica para os países. Tenho certeza de que o Banco Mundial não virou uma entidade socialista, muito pelo contrário, pois seus propósitos de livre mercado continuam intactos. Porém, não há como fortalecer sistemas políticos e econômicos sem a inserção de segmentos menos abastados no sistema econômico.

Uma outra teoria que se encaixa bem na nova corrente de Capitalismo Social é o próprio Marketing Social. Compreendendo as dinâmicas sociais; o preço para a adoção de novos conhecimentos, atitudes e práticas (CAPs); e a melhor distribuição desses CAPs para segmentos da população mais vulneráveis, não há como negar que as teorias de Marketing Social podem ser utilizadas como uma excelente ferramenta de inserção social, garantindo, ao mesmo tempo, a correta gestão dos programas sociais e a geração de riqueza econômica.

Outros termos e conceitos como Responsabilidade Social Empresarial (RSE), Desenvolvimento Sustentável e Investimento Social Privado (ISP), também se encaixam perfeitamente nessa fusão das teorias econômicas clássicas. No caso da RSE, demonstra-se que não há como as empresas privadas progredirem, sem definir estratégias claras em seus planos de negócios sobre a utilização de práticas e interfaces éticas com seus principais stakeholders, em relação ao desenvolvimento humano.


Empresas que apenas reforçam a lógica de que o social é problema do governo e o lucro é seu único objetivo, já viram claramente que seus negócios estão fadados ao fracasso quando crises financeiras ocorrem em nível global. Para o desenvolvimento sustentável e ambiental, todos os setores estão sentindo o impacto da falta de compromisso ambiental.

O aumento na incidência de doenças respiratórias, a mudança do clima e a falta de água e de outros recursos básicos já são realidade em todos os países do globo. Ou seja, não há mais como fortalecer as relações de mercado e de consumo, sem uma sustentável fonte de geração de riquezas que enfatizem o uso de recursos renováveis.

Finalmente, investimentos sociais privados (ISP) de empresas em comunidades com diversas necessidades sociais se fazem necessários para garantir a força de trabalho e o consumo de gerações futuras. Mesmo levando em consideração que pouquíssimas iniciativas que se intitulam ISP conseguem comprovar sua capacidade de geração de riquezas econômicas e redução das diferenças sociais, o ISP é hoje uma realidade do capitalismo do novo século.

Há outros diversos conceitos e teorias que podem fortalecer ainda mais essa lógica de fusão das clássicas teorias econômicas, como Capital Social, economia solidária, etc. O domínio dessa nova linguagem está se tornando essencial tanto para aqueles que querem trabalhar na iniciativa privada, como aqueles que desejam fortalecer as políticas e bens públicos".

(Miguel Fontes é Diretor da John Snow Brasil e PhD em Desenvolvimento de Alianças Público Privadas, Deptº de Saúde Internacional, Johns Hopkins University – SAIS)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - ESCLARECIMENTO DO BLOG

Caros(as), tenho por obrigação esclarecer a motivação deste blog em postar matérias e informações sobre a transferência da senadora Marina Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) para o Partido Verde (PV). Esta página, pelo próprio caminho que tomou desde o início, tornou-se um espaço exclusivo para tratar de questões ambientais.

Não pretende torná-lo, sob hipótese alguma, um espaço para promoção política. Entretanto, neste caso específico de uma pessoa com a biografia de luta pela causa ambiental como Marina Silva, não poderia passar em branco por aqui. A partir de agora, incluo estas informações sobre o andamento do processo de consolidação de um novo PV. Espero que assim seja.

Assim, pretendo blogar repercussões internacionais sobre este episódio político que desembocará, em 2010, numa nova proposta de modelo de desenvolvimento social e econômico do qual o Brasil pode vir a ser o pioneiro. As conclusões deixo para cada um...

MEIO AMBIENTE - 30 DE AGOSTO: DATA DE FILIAÇÃO DE MARINA AO PV

Fonte: Agência Brasil
O Partido Verde programa para 30 de agosto, em São Paulo (SP), a oficialização do ingresso da senadora Marina Silva (AC) nos quadros do partido. O vice-presidente Alfredo Sirkis publicou na página do PV na internet que uma convenção nacional "festiva" vai oficializar a filiação da senadora, primeiro passo para uma eventual candidatura presidencial em 2010.
De acordo com o dirigente, ficou acertado com a senadora, que anunciou ontem (19) a sua desfiliação do PT, a indicação de nove pessoas de sua confiança para integrar a Executiva Nacional do PV. Sirkis afirmou que, juntamente com os 11 membros do colegiado, estas pessoas serão responsáveis pela elaboração do texto base que norteará o novo programa partidário e de governo, além da campanha presidencial.
Sobre a eventual candidatura de Marina Silva à Presidência, Alfredo Sirkis ressaltou que “a decisão de Marina não é automática à filiação, será tomada em momento posterior”. O dirigente destacou ainda que a campanha Brasil no Clima, já em execução pelo PV, será relançada com a participação da senadora em 27 de setembro, no Rio de Janeiro.
O objetivo desta campanha é conscientizar a sociedade da necessidade de o governo brasileiro assumir “metas audazes” na Conferência de Copenhague, quando lideranças mundiais rediscutirão as medidas adotadas para reduzir a emissão de gases poluentes causadores do aquecimento global. O PV defende, por exemplo, a adoção pelo governo de medidas que passam por um controle maior das queimadas na Amazônia e por um aproveitamento racional das fontes de energia.
O deputado Fernando Gabeira conversou com a Agência Brasil e destacou que o PV tem dois grandes desafios pela frente: atualizar suas propostas de governo adequando os programas à nova realidade imposta pelos efeitos do aquecimento global e aumentar a influência do PV com a participação mais efetiva de cientistas e intelectuais. Segundo o deputado, o problema é que os programas de partido e de governo do PV foram elaborados antes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), realizada em 1992, no Rio de Janeiro.
Na ocasião, líderes mundiais comprometeram-se a reduzir gradativamente a emissão de carbono na atmosfera para conter os efeitos do aquecimento global.Gabeira disse ainda que a reestruturação do PV deve passar pela adoção de providências que evitem o uso da legenda para interesses específicos dos candidatos, nos estados e municípios, em detrimento dos compromissos partidários.
A expectativa do PV, segundo Fernando Gabeira, é que o partido inicie 2010 já com novas propostas consolidadas o que dará à senadora Marina Silva condições para apresentar à sociedade uma nova alternativa de desenvolvimento social e econômico numa eventual candidatura à Presidência da República.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

SUCESSÃO - É MUITA CARA DE PAU...

Fonte: Agência Estado

" O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, lamentou a possível saída da senadora Marina Silva (PT-AC) do partido - ela analisa convite para ingressar no PV e se candidatar à presidência da República em 2010 - e sustentou que o PT sempre a apoiou enquanto era titular do Ministério do Meio Ambiente, até mesmo algumas vezes contra o governo.

Ele ponderou que as derrotas sofridas nas questões ambientais foram coletivas. "Nós sofremos derrotas", afirmou. "Nós todos juntos, não foi só ela." Dirceu disse também não ver espaço para uma "terceira via" nas candidaturas para as eleições presidenciais. Ao contrário da avaliação do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), Dirceu considera que uma eventual candidatura de Marina à Presidência não teria potencial para "implodir" a posição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nessa corrida eleitoral.

"A candidatura da Dilma está fundada na força do PT, do presidente e da própria liderança dela", comentou ele. Dirceu avaliou como improvável que o PV tenha capilaridade, militância e tempo na televisão para dar envergadura a uma possível candidatura de Marina. Ao mesmo tempo, indicou ver cenário pouco provável para uma "terceira via", ao calcular que os nomes de Dilma e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ou de Dilma e o de Aécio Neves (governador de Minas Gerais) ocupariam quase 75% dos votos. [COMENTÁRIO DO BLOG: Esse cenário posto pelo ex-ministro é tudo que o PT e o PSDB sonham].

O ex-ministro argumentou que o PT tem uma "história comum" com Marina e disse que "não foi fácil elegê-la senadora em 2002". Segundo ele, havia rejeição, resistência e pressão econômica na época contra sua candidatura. Repetindo comentário que fez hoje em seu blog, Dirceu observou que Marina deve seu mandato "ao povo do Acre, e ao PT e sua militância".

José Dirceu disse que o presidente Lula apoiou Marina e a prova disso foi sua manutenção no cargo no primeiro e no segundo mandatos, apesar das crises enfrentadas na área ambiental. Ele acrescentou que vai trabalhar pela eleição de Dilma como um militante do partido, mas não terá função na campanha. "Eu não vou assumir nenhum cargo de coordenação e, na direção do PT, eu ainda vou decidir".

Perguntado sobre o companheiro ideal de chapa da ministra, Dirceu citou, entre os nomes possíveis, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, além de Ciro Gomes. Para ele, é mais provável que o PMDB forme aliança com o PT do que com o PSDB. "Durante o governo do Lula, o PMDB veio compor alianças com o PT nas eleições estaduais, municipais", constatou. "Foi um processo de seis anos", acrescentou.

A CANDIDATURA MARINA SILVA

NOTA DO BLOG

A eventual candidatura presidencial de Marina Silva à Presidência da República, em 2010, já causou um rebuliço nos meios políticos. No PT, a primeira voz que se levanta é a do comandante Lula. Já (des)qualifica a senadora e sua ex-ministra de Meio Ambiente como "samba de uma nota só". Acusou o golpe na candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No PSDB, jornais dão conta que o sempre candidato à presidência e governador de São Paulo, José Serra, escolheu o deboche - natural em momentos de insegurança - como reação a uma candidatura inesperada e que ainda não se concretizou. Espalha que Marina seria seu "sonho de consumo" como, é claro, sua vice-presidente.

O Democratas, como sempre, apenas expia o desenrolar do novo quadro que se pinta. E os partidos-satélites, bem, continuarão satélites a reverberar a ordem de seus comandantes. Tudo isso, entretanto, não passa da política rastaquera que tem na preservação do poder e na garantia dos espaços regionais sua mola de transmissão.

O que Marina Silva propõe e deixa muita gente de barba de molho é a mudança de todo um modelo de desenvolvimento. Queiram ou não, a partir de agora, este assunto já é pauta obrigatória na sucessão de Lula. Isso é política com "p" maiúsculo e não interessa ao grupo que preserva com unhas e dentes suas benesses. Marina Silva representa, como mesmo tem dito, a continuação da utopia do crescimento auto-sustentável.

O desafio da provável candidata verde é mostrar ao povão que essa proposta é muito mais do que uma hortinha no fundo do quintal ou o simples plantio de árvores. Trata-se do chute inicial que pode fazer do Brasil o pioneiro da nova Ordem Mundial necessária a sobrevivência de nossos sucessores.

Uma nova Ordem que, com certeza, contraria todo um status quo. O que aguarda a pequena seringueira é o enfrentamento frontal com banqueiros, empreiteiros, grandes produtores, industriais e todos os aceclas que orbitam em torno destes. A luta de David contra um Golias anabolizado.

Por incrível que pareça isso não preocupa. O fato em si de uma candidatura capaz de catalizar todo este sentimento difuso em boa parte da sociedade já ser posta reascende a chama perdida na mesmice do poder pelo poder.

Algumas perguntas devem atormentar, neste momento, os "gurus" (sic) das demais candidaturas. Ente elas: como reagirão os movimentos sociais diante desta proposta? A pesquisa dando de saída Marina com 14% das intenções de votos em alguns cenários feita por Antonio Lavareda, profissional de competência inquestionável, se confirmará nas que virão em breve? Como reagirá, esta preocupação já é posta claramente por políticos dos mais diferentes partidos, o eleitorado mais jovem? O efeito Gabeira, verificado nas eleições municipais de 2006 do Rio de Janeiro, vai se expandir ao resto do país com Marina Silva? Apostem suas fichas, o jogo agora começou.

domingo, 2 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - RECOMENDAÇÃO DO BLOG

Prolifera na rede mundial o número de pessoas e organizações preocupadas com a questão ambiental. Melhor, oferecendo suas contribuições para a melhoria da qualidade de vida no planeta. Entre tantos, recomendo o blog www.viver-sustentavel.blogspot.com. Lá, pode-se encontrar de tudo um pouco.

O interessante é que o blogueiro preocupa-se em fazer da página um manancial de proposições fugindo da superficialidade dos alertas de riscos de sobrevivência num planeta cada vez mais sujo. Há, por exemplo, uma série de receitas e definições de adubação orgânica. É isso aí.