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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

NO VERÃO TAMBÉM EXISTE AMBIENTALISMO


Foto: Google

Se ainda existir algum ser pensante que no verão, de férias, se preocupe em acessar a internet e em especial este blog é porque a coisa está séria. Enfim, aos compartilhadores e compartilhadoras que por aqui passarem vamos à algumas considerações sobre verão e ambientalismo.

A praia, o campo e até viagens para grandes metrópoles nas férias são necessárias e fundamentais para o descanso do corpo e da mente, o que pode ser enquadrado como ecologia mental. Namorar, beijar na boca, apaixonar e desapaixonar, simplismente curtir, dançar e aproveitar a companhia dos amigos - velhos e novos -, suar muito por esporte ou apenas sexo, é tudo de bom.

Entretanto, esteja atento para as posturas de uma pessoa que se preocupa com a sua saúde física e a do planeta - que estão diretamente ligadas - que podem fazer toda a diferença. É neste sentido que decidi reforçar algumas dicas:

1) Partilhar é muito legal, mas o lixo que você gera (palitinhos de picolé, copos descartáveis - irc!! -, camisinhas e outras 'cositas más') é de sua inteira responsabilidade. Portanto, tudo isso na lata de lixo.

2) Se puder e quiser faça muito esporte, os que você já domina e aproveite para conhecer e experimentar outros. Os radicais são fantásticos. Tomar caldos em uma prancha de surf também pode ser legal.

3) Filtro solar, jamais se esqueça do seu filtro solar. Neste caso, é permitido filar o do amigo.

4) Abuse dos passeios a pé ou de bicicleta, seja na praia ou na cidade. Quando caminhamos ou pedalamos a vida passa mais devagar e se pode apreciar belezas do local que de dentro de um carro tornam-se inviáveis. Bote para fora todas as suas toxinas.

5) Água de côco, santa água de côco. Cerveja combina com verão, mas a água de côco dá um barato bem diferente. Parece que refresca o corpo e a alma.

6) Se for capaz - olha a propaganda contra - evite computador, twitar e toda essas parafernalhas tecnológicas que tanto nos escravizam. Como não estou de férias posso me dedicar ao meu computador mas você, fuja deles pôrra!!!!!!

É galera, vou ficar só nesses seis porque já está me dando um pouquinho de saudade da praia e de férias. O importante é que você que está bundeando por aí aproveite ao máximo. Por enquanto é só pessoal.

MEIO AMBIENTE SEGUNDO O DALAI LAMA


Ensinamentos: Pensando Globalmente - Uma Tarefa Universal
Foto: Google

As previsões científicas para alterações ambientais são difíceis de serem inteiramente compreendidas por seres humanos comuns. Ouvimos falar de aquecimento global e elevação dos níveis dos oceanos, aumento dos índices de câncer, explosão demográfica, devastação de recursos, e extinção de espécies. Por toda parte, a atividade humana está acelerando a destruição de elementos-chave de ecossistemas naturais dos quais todos os seres viventes dependem.

Estes desenvolvimentos ameaçadores são individualmente drásticos e coletivamente surpreendentes. A população mundial triplicou apenas neste século e espera-se que ela dobre ou triplique no próximo século. A economia global pode crescer um fator de cinco ou dez vezes, inclusive com índices extremos de consumo de energia, produção de gás carbônico, e desflorestamento. É difícil imaginar todas estas coisas realmente acontecendo durante a nossa vida e as vidas de nossos filhos. Precisamos considerar este panorama de sofrimento e degradação ambiental global sem par na história humana.

No entanto, penso que há boas notícias e que agora definitivamente teremos de encontrar novas formas de sobrevivermos juntos neste planeta. Já vimos neste século guerras, pobreza, poluição e sofrimentos suficientes. Segundo os ensinamentos budistas, tais coisas acontecem como resultado da ignorância e de atos egoístas, porque freqüentemente deixamos de ver a relação comum essencial entre todos os seres. A terra está nos enviando avisos e indicações claras dos vastos efeitos e potencial negativo do comportamento humano mal direcionado.

Para neutralizar estas práticas prejudiciais podemos aprender a ser mais conscientes de nossa dependência mútua. Todo ser senciente quer a felicidade em vez de dor. Então, compartilhamos o mesmo sentimento básico. Podemos desenvolver a ação correta para ajudar a terra e uns aos outros baseados em uma motivação melhor. Portanto, sempre falo da importância de desenvolver um senso genuíno de responsabilidade universal. Quando somos motivados por sabedoria e compaixão, os resultados de nossas ações beneficiam a todos e não a nós mesmos ou a alguma conveniência imediata. Quando conseguirmos reconhecer e perdoar atos ignorantes do passado, ganhamos força para solucionar os problemas do presente de forma construtiva.

Devemos estender esta atitude para sermos preocupados com todo o nosso meio ambiente. Como princípio básico, penso que é melhor ajudar se puder, e se não puder, pelo menos tentar não prejudicar. Esta é uma orientação especialmente adequada quando houver ainda muito a compreender sobre as inter-relações complexas dos diversos e únicos ecossistemas.

Precisamos saber cuidar, nós mesmos, de toda a Terra e da vida sobre ela, e também de todas as gerações futuras. Isto significa que a educação do meio ambiente é de grande importância para todos. O aprendizado científico e o progresso tecnológico são essenciais para melhorar a qualidade de vida no mundo moderno. Ainda mais importante é a prática simples de conhecer e melhor apreciar os nossos arredores naturais, e a nós mesmos, quer sejamos crianças ou adultos. Se tivermos um apreço verdadeiro pelos outros e resistirmos agir movido por ignorância, estaremos cuidando da Terra.

No sentido maior, educação ambiental significa aprender a manter um modo de vida equilibrado. Todas as religiões concordam que não podemos encontrar satisfação interna duradoura baseada em desejos egoístas e aquisição do conforto de coisas materiais. Mesmo se pudéssemos, agora há tanta gente que a terra não nos sustentaria por muito tempo. Penso que é muito melhor praticar apreciar uma simples paz de espírito.Podemos compartilhar a terra e juntos cuidarmos dela, em vez de tentarmos possuí-la e, no processo, destruir a beleza da vida.

As culturas antigas que se adaptaram aos seus meio ambientes naturais podem oferecer uma visão especial sobre a estruturação de sociedades humanas para que existam em equilíbrio com o meio ambiente. Por exemplo, os tibetanos estão singularmente familiarizados com a vida no Planalto do Himalaia. Isto evoluiu para uma longa história de uma civilização que cuidou de não sobrecarregar e destruir o seu frágil ecossistema. Os tibetanos há muito apreciam a presença de animais selvagens como símbolos da liberdade. Uma profunda reverência pela natureza está aparente em grande parte das artes e cerimônias tibetanas. O desenvolvimento espiritual prosperou apesar do limitado progresso material. Assim como as espécies podem não se adaptar a alterações ambientais relativamente repentinas, as culturas humanas também precisam ser tratadas com cuidado especial para garantir a sobrevivência. Portanto, aprender o modo de vida dos povos e preservar suas heranças culturais é também uma parte do aprendizado de cuidar do meio ambiente.

Eu sempre tento expressar o valor de ter um bom coração. Este simples aspecto da natureza humana pode ser alimentado e alcançar uma grande força. Com um bom coração e sabedoria, você tem a motivação correta e automaticamente fará o que for preciso. Se as pessoas começarem a agir com uma autêntica compaixão por todos, ainda podemos proteger uns aos outros e o meio ambiente natural. Isto é muito mais fácil do que ter que adaptar às condições ambientais severas e incompreensíveis que são projetadas para o futuro.

Agora, olhando de perto, a mente humana, o coração humano, e o meio ambiente estão inseparavelmente interligados. Neste sentido, a educação ambiental ajuda a gerar a compreensão e o amor que precisamos para criar a melhor oportunidade jamais vista para a paz e coexistência duradoura.

(Transcrita do Boletim EPA: Uma Revista sobre Perspectivas Nacionais e Globais do Meio Ambiente, publicada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, Washington DC, Setembro/Outubro de 1991, vol. 17, Número 4. Traduzido por Marly Ferreira.)

NOTA DO BLOG: Este e vários outros textos do Lama podem ser encontrados na página - http://www.dalailama.org.br/ensinamentos/ onde estão uma série de pensamentos sobre diversos temas, entre eles o meio ambiente.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Horta Vertical - Opção para pequenos espaços (REPUBLICAÇÃO)



Esta mensagem é para quem mora em apartamento. Parodiando o Casseta, se você que está nesta situação e não aguenta mais pagar alto preço nos supermercados para ter uma verdurinha orgânica em sua mesa SEUS PROBLEMAS ACABARAM. Muita gente já cultiva, em suas áreas ou até mesmo na cozinha, pequenas hortas verticais. Num espaço mínimo, se pode colher de tudo um pouco: alface, rúcula, folhas em geral, rabanete, cenoura, beterraba, pimenta, pimentão, etc, etc, etc. Aí vai a dica de como fazer.

MATERIAL:
1) Uma ou duas barras de cano PVC para tubulação de esgoto (aqueles brancos).
2) Um suporte vertical. Você pode usar direto na parede ou encomendar um de barra de ferro de construção - já com o apoio para as barras - a um serralheiro.

MODO DE FAZER:
1) Serre ao meio o cano PVC.
2) Faça pequenos furos no fundo de cada meia-barra. É por aí que a água regada sairá.
3) Defina o tamanho de cada barra de acordo com a disponibilidade de espaço.
4) Prenda os suportes verticais na parede ou defina um lugar para se colocar a "estante verde". O espaçamento vertical entre um suporte e outro deve ser de 25 a 30 cm.
5) O ideal é que uma meia-barra de PVC fique sobre a outra. Desta maneira, ao regar os canteirinhos, de cima para baixo, você vai gastar menos água e aproveitar a adubação. Contribua para reduzir o consumo de água.
6) Utilize como adubo, de preferência, humus de minhoca misturado com um pouco de terra vermelha. Encha as barras ao máximo.
7) Agora, pode comprar as sementinhas e divirta-se. Importante, mantenha sempre a terra afofada. Brincar com horta é terapêutico neste mundo estressante.

Recomendo a utilização de uma das barras para o cultivo de plantas medicinais e temperos, como manjericão, hortelã, alecrim, etc. Outra opção, é usar um vazo grande para cultivar estas ervas.

Abraço a todos.

Ecologia Integral (REPUBLICAÇÃO)


POR LEONARDO BOFF

Ecologia integral

Por fim, a quarta - a ecologia integral - parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.

Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui. Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.

Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese: (1) a complexidade/diferenciação, (2) a auto-organização/consciência e (3) a religação/relação de tudo com tudo. A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegaram à consciência reflexa no ser humano. O universo, pois, como um todo possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.

As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte, constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos. A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões. Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem, rica de novas potencialidades.

Ecologia Mental (REPUBLICAÇÃO)


POR LEONARDO BOFF

Ecologia mental

A terceira, a ecologia mental, chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos. Mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.

Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra. Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica. O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.

Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais. A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano esquece esta realidade. Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica. Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra.

Isso somente se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher. Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento. O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado. O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra. Cria a capacidade de re-ligar todas as coisas à sua fonte criadora que é o Criador e o Ordenador do universo. Desta capacidade re-ligadora nascem todas as religiões. Precisamos hoje revitalizar as religiões para que cumpram sua função religadora.

Ecologia Social (REPUBLICAÇÃO)


POR LEONARDO BOFF

Ecologia social

A segunda _a ecologia social_ não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.

A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.

Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.

No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro. Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.

Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.

Ecologia Ambiental (REPUBLICAÇÃO)


POR LEONARDO BOFF

Ecologia ambiental

Esta primeira vertente se preocupa com o meio ambiente, para que não sofra excessiva desfiguração, com qualidade de vida e com a preservação das espécies em extinção. Ela vê a natureza fora do ser humano e da sociedade. Procura tecnologias novas, menos poluentes, privilegiando soluções técnicas. Ela é importante porque procura corrigir os excessos da voracidade do projeto industrialista mundial, que implica sempre custos ecológicos altos.

Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e, no seu termo, inviabilizar a própria vida no planeta.

Só para relaxar...

MONTE CASTELO
Autor e compositor: RENATO RUSSO

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.

É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A prática do "compartilhar"


Foto: Shutterstock

Compartilhar. São doze letrinhas que, juntas, apresentam uma linda sonoridade. Palavrinha frequentemente pronunciada em mesas de bar, debates estudantis, nas “Duas Torres” da Esplanada dos Ministérios – xiii, como se ouve -, em pregações religiosas. Enfim, nos mais diferentes e prováveis lugares.

Ah Deus, se a cada pronúncia um gesto, apenas um gesto de “compartilhar” fosse praticado por seus ‘pregadores’. Com certeza o mundo seria bem mais bonito, alegre, igual, justo. Como posso eu, de carro novo, me dar ao direito de jogar boca à fora essas quatro letras juntas se, na estrada, não paro para uma simples carona à um pobre que, do alto da baixa umidade do ar que abate Brasília, aguarda uma atitude Cristã?

Não, não posso. Com certeza, faço parte desta maioria festiva de boteco, ou de suas coberturas de alto luxo, que pregam a necessidade de se compartilhar mas desconhecem a vida daqueles que os servem, suas angústias e necessidades. Praticar o compartilhar é o desenvolvimento sustentável.

Compartihar é o start do mundo para um novo modelo de vida. É se despojar de uma vez por todas do apego ao material. É viver em comunidade – e como estou só –, feliz, sem a preocupação do “ter” mas do “ser”. Não ser maior, mas ser justo, alegre, compadre mesmo. É dar aquele copo de açúcar que necessitam para no finzinho da tarde comer o bolo com café tirado do bule.

Texto piegas, de boteco? Pode ser. Mas eu quero melhorar e, até o fim da minha vida, conseguirei se não praticar o compartilhar em toda sua essência, pelo menos dar o copo de café que meu vizinho necessita.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

UMA GAVETA DESARRUMADA



Uma gaveta bagunçada. Talvez, esta seja a melhor definição para a minha cabeça neste momento. Variados pensamentos simultâneos numa velocidade supersônica, outras bem ao estilo Rubinho Barrichello, percorrem as estradas traçadas pelas minhas conexões nervosas. Às vezes, penso que vou endoidar de vez.

Creio que necessito de um choque de ecologia mental. É, casa de ferreiro, espeto de pau. Agrofloresteiro, mateiro, agora me vejo prisioneiro de meus pensamentos, infindáveis pensamentos. Tenho mesmo que fazer uma faxina violenta, mas como e por onde começar? Trata-se de um desafio tal e qual montar um Mustang.

Sentei em frente ao notebook com o objetivo de escrever outras coisas e agora, por exemplo, me pego no terceiro parágrafo de pura abstração. E daí? O que, de palpável, quis dizer até agora? Ô cabrinha prolixo...

Pois é minha gente, às vezes bate uma solidão que dói na alma mesmo estando acompanhado de várias pessoas, ou não. Em outras, sinto a necessidade de me entocar de vez. Não raro, tem passado a vontade de me picar para o mato de vez. Fuga, dirão alguns. Começo a aprender – graças à Deus – a não julgar de imediato, ou, simplesmente, não julgar nada.

Pois é, este é mais um daqueles textos de momento de insônia, dedilhado em momento de insônia, às 05 da manhã. É mais uma faceta do Marcos Chagas, Marquinhos, Muka ou quem quer que eu seja. Abraço à todos(as).

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

MEIO AMBIENTE - PAULISTANOS QUEREM MAIS VERDE

Fonte: Greenpeace

São Paulo, a maior cidade brasileira, é uma selva de pedra. Isso não significa que o paulistano não tenha consciência ambiental.

Infelizmente, o que se vê em uma pesquisa feita pelo Movimento Nossa São Paulo, com a colaboração do Greenpeace, é que o paulistano está insatisfeito com seu contato com o verde - ou melhor, com a falta dele. De 1 a 10, a nota média de satisfação com a área é de 4,6. Mais da metade dos entrevistados acha que faltam coleta seletiva, mais áreas verdes (e mais próximas), melhor conservação dos parques e praças que existem, melhor controle da poluição sonora, atmosférica e das águas e mais fiscalização.

Em nenhum ponto o paulistano está satisfeito com a relação da cidade com o meio ambiente. É preciso integrar os dois pontos, para melhorar a vida de todos.

'MARDITA' INSÔNIA

Abri o word na intenção de postar algo em meu blog neste momento de insônia. Mas, o que? Tomado por uma confusão mental e de coração, tudo desaparece na rapidez de uma onda que se deixou passar. Um jacaré perdido.

Pois é, doidão sem usar uma droga sequer. A não ser as prescritas pelo médico e compradas na farmácia com a devida apresentação da receita como disse, um dia, o “velho” Ulysses em resposta ao então presidente Collor.

Ando meio de saco cheio. Sinto que minha vida foi tomada pela rotina do jornalismo. Preciso respirar, descobrir vida fora desse emaranhado no qual me meti e, agora, me enrolei mais do que bobina. Ao mesmo tempo, as contas são colocadas diariamente na caixa de correio e não tem o mínimo interesse em divãs. Pague-se!

Hora de parar para um freio de arrumação? Pode ser, mas cadê a coragem para meter o pé no pedal. Pensar dói. Ainda mais quando o endereço leva direto à nossa alma. Por outro lado, o tapete está cheio e forma aquela barriga insustentável de peru da Sadia.

É, e eu que tanto sacaneava a tal crise dos 40. Mifu (sic). Pois, então, para quem não tinha nada de caso pensado quando dedilhou as primeiras letras até que saiu alguma coisa. Se presta ou não é outra história.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Marcos Chagas 2010


Imagem: Google
Quem sou eu? Perdi rumo, perdi prumo. As convicções caem, uma a uma, por terra todos os dias. Se enveredo por um caminho, um beco que seja, considerando que as coisas mudarão e por ali me encontrei as dúvidas crescem que nem bolo no forno. De preferência que seja de fubá.

Mangue Sêco, elixir de todas as dores, já não alivia mais. Tudo bem, neste quesito prefiro manter minha pescaria de rede ao amanhecer, descansar numa rede a beira-mar por duas horas, comer aquela pescada amarela que, de bobeira, caiu na rede e subir as dunas lá pelas 17 horas para ver o pôr do Sol.

E não me venham os “verdes”, tribo da qual faço parte, condenar minha pescaria de rede. Antes de qualquer manifestação pró-pescada deixo claro que todos os pequeninos que caem na malha são devolvidos ao mar.

Estão vendo? Até no texto eu perco o rumo. A cabeça não tem mais raciocínio lógico. Ao contrário, se perde em pensamentos contraditórios. Um dia quero um apartamento, no outro me entocar numa fazenda em Cavalcante (GO), Chapada dos Veadeiros.

“Você precisa voltar à terapia”, “Está muito ocioso”, “Não gosta mais de mim?”. Puta merda, diarimente ouço isso de diferentes pessoas, todas que amo muito. O problema está aqui dentro, no meio do peito. Alguém tem um forcéps para me emprestar? É isso aí gente, este é o Marcos Chagas que emerge em 2010.

É neste contexto que esse blog começa a ganhar vida própria. Já que não consigo sair deste labirinto, então que o caminho percorrido dê vida a está página. E para quem acha que, por conta disso, me tornei amargo, negativo, ledo engano. Preservar minha alegria e o desafio de levar o riso àqueles que me cercam durante o dia continua a ser diário. Por enquanto é só pessoal...

2010

Ano de eleição, Copa do Mundo, mudarei um pouco o foco desta página dedicada, desde o nascimento, a temas ambientais e políticos por tabela. A partir de agora deixarei como espaço para compartilhar todo e qualquer pensamento, experiência, que julgue interessante. Seja o que Deus quiser, o bicho começa a ganhar vida própria.

Não significa que abandonarei os assuntos que dizem respeito ao meio ambiente, seja por comentários próprios ou replicando informações de outras páginas.