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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A CANDIDATURA MARINA SILVA

NOTA DO BLOG

A eventual candidatura presidencial de Marina Silva à Presidência da República, em 2010, já causou um rebuliço nos meios políticos. No PT, a primeira voz que se levanta é a do comandante Lula. Já (des)qualifica a senadora e sua ex-ministra de Meio Ambiente como "samba de uma nota só". Acusou o golpe na candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No PSDB, jornais dão conta que o sempre candidato à presidência e governador de São Paulo, José Serra, escolheu o deboche - natural em momentos de insegurança - como reação a uma candidatura inesperada e que ainda não se concretizou. Espalha que Marina seria seu "sonho de consumo" como, é claro, sua vice-presidente.

O Democratas, como sempre, apenas expia o desenrolar do novo quadro que se pinta. E os partidos-satélites, bem, continuarão satélites a reverberar a ordem de seus comandantes. Tudo isso, entretanto, não passa da política rastaquera que tem na preservação do poder e na garantia dos espaços regionais sua mola de transmissão.

O que Marina Silva propõe e deixa muita gente de barba de molho é a mudança de todo um modelo de desenvolvimento. Queiram ou não, a partir de agora, este assunto já é pauta obrigatória na sucessão de Lula. Isso é política com "p" maiúsculo e não interessa ao grupo que preserva com unhas e dentes suas benesses. Marina Silva representa, como mesmo tem dito, a continuação da utopia do crescimento auto-sustentável.

O desafio da provável candidata verde é mostrar ao povão que essa proposta é muito mais do que uma hortinha no fundo do quintal ou o simples plantio de árvores. Trata-se do chute inicial que pode fazer do Brasil o pioneiro da nova Ordem Mundial necessária a sobrevivência de nossos sucessores.

Uma nova Ordem que, com certeza, contraria todo um status quo. O que aguarda a pequena seringueira é o enfrentamento frontal com banqueiros, empreiteiros, grandes produtores, industriais e todos os aceclas que orbitam em torno destes. A luta de David contra um Golias anabolizado.

Por incrível que pareça isso não preocupa. O fato em si de uma candidatura capaz de catalizar todo este sentimento difuso em boa parte da sociedade já ser posta reascende a chama perdida na mesmice do poder pelo poder.

Algumas perguntas devem atormentar, neste momento, os "gurus" (sic) das demais candidaturas. Ente elas: como reagirão os movimentos sociais diante desta proposta? A pesquisa dando de saída Marina com 14% das intenções de votos em alguns cenários feita por Antonio Lavareda, profissional de competência inquestionável, se confirmará nas que virão em breve? Como reagirá, esta preocupação já é posta claramente por políticos dos mais diferentes partidos, o eleitorado mais jovem? O efeito Gabeira, verificado nas eleições municipais de 2006 do Rio de Janeiro, vai se expandir ao resto do país com Marina Silva? Apostem suas fichas, o jogo agora começou.

Um comentário:

  1. Beleza de post, Marquinho!
    Cê sabe que eu até trabalho nessa campanha, né?
    Bora?
    Beijoca

    Gabi

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