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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

SUCESSÃO - É MUITA CARA DE PAU...

Fonte: Agência Estado

" O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, lamentou a possível saída da senadora Marina Silva (PT-AC) do partido - ela analisa convite para ingressar no PV e se candidatar à presidência da República em 2010 - e sustentou que o PT sempre a apoiou enquanto era titular do Ministério do Meio Ambiente, até mesmo algumas vezes contra o governo.

Ele ponderou que as derrotas sofridas nas questões ambientais foram coletivas. "Nós sofremos derrotas", afirmou. "Nós todos juntos, não foi só ela." Dirceu disse também não ver espaço para uma "terceira via" nas candidaturas para as eleições presidenciais. Ao contrário da avaliação do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), Dirceu considera que uma eventual candidatura de Marina à Presidência não teria potencial para "implodir" a posição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nessa corrida eleitoral.

"A candidatura da Dilma está fundada na força do PT, do presidente e da própria liderança dela", comentou ele. Dirceu avaliou como improvável que o PV tenha capilaridade, militância e tempo na televisão para dar envergadura a uma possível candidatura de Marina. Ao mesmo tempo, indicou ver cenário pouco provável para uma "terceira via", ao calcular que os nomes de Dilma e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ou de Dilma e o de Aécio Neves (governador de Minas Gerais) ocupariam quase 75% dos votos. [COMENTÁRIO DO BLOG: Esse cenário posto pelo ex-ministro é tudo que o PT e o PSDB sonham].

O ex-ministro argumentou que o PT tem uma "história comum" com Marina e disse que "não foi fácil elegê-la senadora em 2002". Segundo ele, havia rejeição, resistência e pressão econômica na época contra sua candidatura. Repetindo comentário que fez hoje em seu blog, Dirceu observou que Marina deve seu mandato "ao povo do Acre, e ao PT e sua militância".

José Dirceu disse que o presidente Lula apoiou Marina e a prova disso foi sua manutenção no cargo no primeiro e no segundo mandatos, apesar das crises enfrentadas na área ambiental. Ele acrescentou que vai trabalhar pela eleição de Dilma como um militante do partido, mas não terá função na campanha. "Eu não vou assumir nenhum cargo de coordenação e, na direção do PT, eu ainda vou decidir".

Perguntado sobre o companheiro ideal de chapa da ministra, Dirceu citou, entre os nomes possíveis, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, além de Ciro Gomes. Para ele, é mais provável que o PMDB forme aliança com o PT do que com o PSDB. "Durante o governo do Lula, o PMDB veio compor alianças com o PT nas eleições estaduais, municipais", constatou. "Foi um processo de seis anos", acrescentou.

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