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domingo, 21 de junho de 2009

INTERNACIONAL - A BOMBA RELÓCIO CHAMADA IRÃ - III


JORNALISTAS PRESOS EM TEERÃ

Tradução de notícia publicada no site da Aljazeera

O Irã parece intensificar a repressão sobre os meios de comunicação em meio contínuos protestos sobre a disputada reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Até o momento 24 jornalistas, inclusive enviados internacionais, foram detidos por autoridades durante a cobertura dos protestos de rua que se iniciaram há uma semana.

Entre os detidos estão o chefe da Associação de Jornalistas iranianos e um repórter canadense que faz a cobertura para a Newsweek. O Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou nomes de 23 iranianos jornalistas, editores e blogueiros presos desde 14 de junho e vários outros que provavelmente foram detidos ou obrigados a se esconder.


"O regime foi visivelmente abalado pela sua própria população e não pretende deixar esta percepção resistir. É por isso que os meios de comunicação tornaram-se um alvo prioritário", disse RSF. A instituição acrescentou que "a República Islâmica do Irã agora enfilerou-se ao lado da China como a maior prisão do mundo para os jornalistas."

De acordo com o Repórteres Sem Fronteiras os profissionais detidos foram pressionados a confessar filmagens realizadas e acusou as autoridades iraniadas de praticarem tortura. De acordo com a notícia publicada pela Aljazeera a Nesweek informou que Maziar Bahari, seu correspondente, que foi viver no Irã durante a última década, tinha sido "detido sem acusação por autoridades iranianas".

Numa declaração, a revista norte-americana a "condena veementemente esta detenção injustificada, e apela ao Governo iraniano para libertá-lo imediatamente".

Cobertura dos protestos nas ruas de Teerã tem sido fortemente coibida após funcionários iranianos sugerirem que a imprensa estrangeira fazia um papel na agitação, informa a Aljazeera. O Repórteres Sem Fronteira disse que um blogueiro, conhecido como o "Blog Mullah", estava entre os detidos, bem como um caricaturista, um produtor de TV, editores de vários jornais.


O corresppondente da rede britânica BBC, John Leyne, informou, neste domingo (21), lhe deram um prazo de 24 horas para deixar o país. Leyne, informou que tinha sido acusado, em declarações das autoridades na rádio estatal, de "distorção de notícias relativas à República Islâmica do Irã e, particularmente, de notícias referentes à eleição".


Numa declaração, a BBC informa que tem rastreado, via satélite, interferências de seus sinais que viriam de dentro do Irã. Na nota, a emissora britânica acrescenta que "esta interferência é contrária a todos os acordos internacionais para o uso de satélite para o qual o Irã é signatário".


A base do canal de televião Dubai Al-Arabiya também tem sido acusado de "informação desleal" e seu escritório em Teerã foi condenado a permanecer fechado indefinidamente. O editor-chefe da Al-Arabiya, Mohammed al-Khateeb, afirma que as acusações, do seu ponto de vista, carecem de fundamento.

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