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quinta-feira, 10 de junho de 2010

A prática do "compartilhar"


Foto: Shutterstock

Compartilhar. São doze letrinhas que, juntas, apresentam uma linda sonoridade. Palavrinha frequentemente pronunciada em mesas de bar, debates estudantis, nas “Duas Torres” da Esplanada dos Ministérios – xiii, como se ouve -, em pregações religiosas. Enfim, nos mais diferentes e prováveis lugares.

Ah Deus, se a cada pronúncia um gesto, apenas um gesto de “compartilhar” fosse praticado por seus ‘pregadores’. Com certeza o mundo seria bem mais bonito, alegre, igual, justo. Como posso eu, de carro novo, me dar ao direito de jogar boca à fora essas quatro letras juntas se, na estrada, não paro para uma simples carona à um pobre que, do alto da baixa umidade do ar que abate Brasília, aguarda uma atitude Cristã?

Não, não posso. Com certeza, faço parte desta maioria festiva de boteco, ou de suas coberturas de alto luxo, que pregam a necessidade de se compartilhar mas desconhecem a vida daqueles que os servem, suas angústias e necessidades. Praticar o compartilhar é o desenvolvimento sustentável.

Compartihar é o start do mundo para um novo modelo de vida. É se despojar de uma vez por todas do apego ao material. É viver em comunidade – e como estou só –, feliz, sem a preocupação do “ter” mas do “ser”. Não ser maior, mas ser justo, alegre, compadre mesmo. É dar aquele copo de açúcar que necessitam para no finzinho da tarde comer o bolo com café tirado do bule.

Texto piegas, de boteco? Pode ser. Mas eu quero melhorar e, até o fim da minha vida, conseguirei se não praticar o compartilhar em toda sua essência, pelo menos dar o copo de café que meu vizinho necessita.

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